quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Sem dívidas: Participe do Carnaval com gastos compatíveis com seu orçamento

Se você não resiste ao passar por Ondina e ver os andaimes com os últimos retoques da festa, ainda dá tempo de achar formas de se divertir

Se você vai correr atrás do trio, tome cuidado para não ter credores correndo atrás de você depois do Carnaval. Enquanto alguns foliões comemoram ter garantido seus abadás com meses de antecedência, outros, menos previdentes ou abonados, deixaram para cuidar do assunto na última hora.

Mas, se você não resiste ao passar por Ondina e ver os andaimes com os últimos retoques da festa, ainda dá tempo de achar formas de se divertir. A cada ano, mais artistas aderem ao movimento dos sem-corda. Saulo Fernandes, Carlinhos Brown, Armandinho e até Chiclete com Banana neste Carnaval vão puxar a multidão, pelo menos uma vez, em trios sem restrições para descamisados.

Mas, para os que não abrem mão do abadá, alguns blocos fazem promoções de última hora para esgotar o estoque. O site de e-commerce local Groupon, por exemplo, oferece, até o domingo, desconto de 40% na compra de um abadá do Ara Ketu. Em vez dos R$ 119 do valor normal, dá para adquirir uma camisa por R$ 89,90.

Tudo bem, digamos que você não goste do Ara Ketu. Quer mesmo é sair no Camaleão, com Chiclete, apesar de estar custando R$ 1.490 a unidade, na Central do Carnaval. “Não vejo problema algum em colocar o abadá no cartão de crédito, desde que em 30 dias você tenha dinheiro para pagar a fatura toda”, aconselha o economista Oswaldo Guerra. 

Segundo ele, para o consumidor que consegue pagar as contas em dia, dá para aproveitar as promoções de cartões, acumulando pontos que podem ser trocados por passagens aéreas, por exemplo. 

Reinaldo Domingos, educador financeiro do Instituto DSOP, compartilha a opinião. “O cartão de crédito é uma ótima ferramenta de compra, mas, quem vai curtir o Carnaval comprando tudo no cartão de crédito, é preciso ficar atento se terá dinheiro para pagar a fatura na data do vencimento”, diz.

Pipoca

A guia de turismo Rita Pimentel, 49 anos, segue o indicado à risca. “Sou chicleteira há dez anos, não perco um Carnaval atrás de Bell Marques. Mas, quando fica muito caro, eu vou na pipoca numa boa. Já brinquei muito sem abadá. Este ano, eu só comprei porque quero comemorar os meus 50 anos”, diz. Como comprou em junho, ela conseguiu o passaporte para a festa por menos da metade do valor de hoje. 

Diretor de Marketing da financeira Sorocred, Wilson Justo alerta que, antes de gastar na folia, é preciso analisar o orçamento de forma fria. Para ele, cada caso é um caso. “A tomada de decisão tem que ser feita olhando o orçamento. Não digo para deixar de participar, apenas para fazerem suas escolhas com cuidado”.

“Comprar antes é bom porque, quando chega o Carnaval, você já está livre. Você sente menos as parcelas”, afirma a jornalista Marilúcia Leal, 25. Ela pagou R$ 750 para sair três dias no Cerveja&Cia. Hoje o preço para sair só sexta e sábado é de R$ 1 mil. “Terminou o Carnaval, a dívida também acaba por ali. Já curtiu e já pagou”. 

Mas não basta se preocupar só com o abadá. Quem sai para a folia passa precisa comer e beber. Wilson Justo afirma que no calor do momento é possível gastar bem mais do que o desejado. “Se você sai com R$ 100 para despesas e R$ 100 de emergência, pode acabar gastando tudo”, afirma.


Fonte: Correio 24 horas

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