quarta-feira, 24 de maio de 2017

Quem ama, educa! Com o poder do 'não'

Internet
Para 90% dos pais ou mães, a educação financeira dos filhos é 'muito importante'

Rio - "Quem ama, educa” é uma dessas verdades solares, universais e transcendentais. E também é verdade que “quem ama, educa financeiramente”. Para 90% dos pais ou mães, a educação financeira dos filhos é “muito importante”. O problema é que, dentro dessa obviedade, há uma inabilidade: 60% desses senhores e senhoras admitem “fazer a vontade dos filhos” na hora das compras e admitem ignorar o poder do “não. Ou seja, também na área econômica, temos um fosso colossal entre o que os pais e as mães “sentem” pelos filhos e o que eles e elas “fazem” pelos filhos.

Diálogo e parceria

Isso acontece quando faltam no ambiente familiar atitudes fundamentais para o equilíbrio do orçamento doméstico, como diálogo, parceria e transparência. É preciso haver conversa, conscientização e compreensão sobre as possibilidades, as necessidades e os limites do dinheiro. E essas atitudes devem envolver todos os “entes queridos” — crianças, adolescentes, adultos, idosos e... os agregados (cunhados costumam ser o maior perigo). O diálogo ajuda a evitar euforias, desperdícios ou irresponsabilidades, especialmente no consumo, principalmente com o jovem.

A ninguém deve ser dado o direito de negligenciar os gastos correntes no lar doce lar, sob o risco de transformá-lo no lar duro lar. Lidar com o dinheiro achando que “quem tem, pode tudo” é uma arrogância que vai custar caro ao caráter — e um novo caráter ou um caráter novo não é coisa que se encontre nas lojas, como se fosse um i-Phone... muito menos em promoção.

Quando se trata de educação financeira — de pais para filhos, de mães para filhas etc — é essencial deixar claro que querer não é poder... poder é poder dizer “não”. Sem muita rigidez, que pareça avareza ou sovinice. Sem muita ternura, que pareça culpa ou remorso. Quem ama, também diz “não”. Simples assim.

Impulsos e cenários alarmantes

Um dos destaques do meu livro Faça as Pazes com o Dinheiro é o bom trabalho do SPC Brasil, que ao longo dos últimos anos, tem encomendado pesquisas nacionais para entender melhor o comportamento de compra dos brasileiros e o perfil dos consumidores inadimplentes no país.

Esses estudos mostram cenários ainda alarmantes: 8 em cada 10 brasileiros (80%) não fazem controle total de suas finanças, ou porque não conseguem ter disciplina ou porque não sabem como anotar gastos, não sabem estabelecer prioridades; e 85% dos consumidores admitem fazer compras por impulso, movidos por questões emocionais.

Mais de um terço não revela salário

Diante desses e outros números, profissionais da empresa concluíram que a inadimplência é muito mais ligada ao comportamento e aos hábitos dos consumidores do que relacionada ao tamanho do próprio orçamento. 

Uma das muitas contribuições destacadas no ótimo site meubolsofeliz.com.br foi uma pesquisa reveladora de que mais de um terço dos casais brasileiros (35%) não sabe ao certo o valor do salário do companheiro.

O estudo mostra que não há o costume de se discutir o orçamento familiar com o cônjuge e com outros membros da família: apenas 31% das famílias brasileiras conversam abertamente sobre os gastos e as receitas da casa.

Assunto escondido só piora a situação

O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, explica que a disciplina em família com objetivo de cuidar do dinheiro da casa é fundamental para uma vida financeira saudável e organizada. Para ele, individualmente, o consumidor sabe pouco sobre como conduzir seu orçamento pessoal ou simplesmente não se importa muito com isso. 

“A situação só piora quando um assunto que deve ser compartilhado com os familiares fica escondido”. Resumindo: o ideal é conversar sobre dinheiro tanto nos momentos bons quanto nos ruins. Assim, na hora da dificuldade, o assunto poderá ser tratado de forma mais suave, natural e barata.
por Alex Campos
Fonte: O Dia Online

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Saiba como aproveitar o CARNAVAL sem prejudicar o seu orçamento


De acordo com educador financeiro, customização de roupas é uma boa opção para economizar dinheiro com fantasias durante as festas de carnaval

O carnaval está chegando e com ele, muitos planejam viajar, participar de eventos nas cidades e até mesmo descansar. Para isso, é importante que as pessoas analisem suas condições financeiras e utilizem apenas o necessário para que não fiquem endividados ou com o orçamento apertado após o término das festas.

“Planejar o carnaval com antecedência é um excelente hábito tanto para a saúde física, quanto para a financeira. Assim a pessoa ou família tende a aproveitar o feriado de forma mais consciente, evitando excessos e respeitando o orçamento. Afinal, quem deseja que cinco dias comprometam a vida financeira até o final do ano?”, afirmou o educador financeiro e diretor da DSOP ABC em São Paulo, Edward Cláudio Jr.

Para ajudar o consumidor a economizar no feriado, o diretor da DSOP ABC separou 6 dicas que impactarão no planejamento e no diagnóstico financeiro para o período carnavalesco.

1- Crie um orçamento
Para evitar que o período de festas se transforme em pesadelo, se planeje de acordo com sua condição financeira atual. Procure fazer um orçamento antecipado desses gastos, levando em consideração também seus ganhos e despesas habituais.

2- Economize na fantasia
Caso vá participar de blocos de rua ou festas temáticas, cuidado para não gastar excessivamente nas fantasias, principalmente nas alugadas. Uma boa dica é utilizar as que já têm ou apostar na customização de roupas para incrementar o visual.

3- Planeje viagens com antecedência
Se for viajar, busque pesquisar com antecedência os melhores pacotes e condições de pagamento. Caso seu orçamento esteja comprometido, uma boa opção é se divertir com o que tem e programar as viagens para o próximo ano.

4- Evite o desperdício
Uma opção para quem quer economizar é ficar em casa. Porém, se mantenha atento aos gastos de água, luz e gás. Quando for cozinhar, opte por itens mais frescos e evite o desperdício de alimentos, buscando reaproveitar as sobras para desenvolver novas receitas. 

5- Participe de eventos gratuitos
Em várias cidades há eventos gratuitos e comunitários para toda a família e com programações especiais. Porém, é importante ficar atento aos gastos com o transporte, gasolina e estacionamento. Uma boa opção para esses casos é o transporte público ou o compartilhamento de táxi com os amigos.

6- Não gaste mais do que pode
Não se deixe levar pela euforia do carnaval. Por mais que o período seja festivo, mantenha os pés no chão e evite o descontrole financeiro. Tome cuidado com o consumo exacerbado, seja ele de alimentos, bebidas alcoólicas, festas em casa ou viagens. Respeite o seu padrão de vida nessa data, para que possa seguir 2017 sem muitos prejuízos no orçamento.
Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Dicas para diminuir as despesas domésticas

Com medidas simples, é possível reduzir bastante os gastos mensais com energia elétrica, água, telefone e outras despesas. Saiba como! 

Todos os meses, a grande maioria da população se desdobra para tentar equilibrar o orçamento doméstico. Mas, invariavelmente, os gastos acabam sendo maiores do que os ganhos. Sim, o salário está curto e os preços estão altos. Mas, em muitos casos, o que faz a diferença são pequenos descuidos que, somados, representam um enorme prejuízo. 

A médica Neide Frederico, de São Paulo, aprendeu a lição. Ela não se conformava com o valor da conta de telefone na sua casa, onde mora com as quatro filhas. "Eu perguntava para os meus conhecidos e ninguém gastava tanto quanto eu. Alguma coisa estava errada", afirma. Ao analisar sua conta de telefone, ela percebeu que a maior parte das ligações feitas eram para celulares, que custam até 20 vezes mais do que ligações para telefones fixos. "Fizemos uma reunião aqui em casa e chegamos a uma conclusão: ligar para celular só em caso de extrema necessidade e para dar recados curtos". 

Neide ainda acabou descobrindo outras formas de economizar. "Existem horários e dias melhores para fazer ligação, em que a tarifa fica 30%, 50% ou até 75% menor", revela. O resultado é que o valor da conta de telefone caiu pela metade e, empolgada com a economia feita, a família toda já pensa em outras medidas para reduzir os gastos. "Agora vamos analisar como podemos diminuir a conta de luz e de água", diz a médica. 

Muitas pessoas podem pensar que não vale a pena se esforçar para economizar um pouco aqui, outro tanto ali. Mas, juntando pequenas quantias, no final a economia é bastante significava. Leia abaixo as dicas do Procon (Fundação de Proteção ao Consumidor) para controlar seu orçamento doméstico. Se você levar a sério todas essas recomendações, verá como é fácil evitar desperdícios e outras armadilhas que fazem o dinheiro desaparecer do seu bolso! 

Alimentação: 
# Antes de ir ao supermercado, elabore uma lista de tudo o que você precisa. Desta forma, evitará gastos desnecessários. Fique atento à disposição dos produtos nas prateleiras: supérfluos e itens mais caros estão, normalmente, sempre ao seu alcance. 

# Lembre-se de que as pessoas têm maior tendência a comprar supérfluos quando vão ao supermercado com fome. 

Vestuário: 
# Não compre por impulso. Pesquise! O mesmo produto pode, por vezes, ser encontrado em diversas lojas por preços diferenciados. Cuidado com as promoções. Nem sempre elas são tão vantajosas quanto se apresentam. 

Mensalidades: 
# Atente-se às cláusulas referentes às datas de vencimento dos pagamentos, assim como às penalidades previstas em contrato. Procure, se possível, adequar os vencimentos a datas posteriores a do recebimento do seu salário. 

Energia elétrica: 
# Aproveite a iluminação natural, abrindo cortinas e janelas. Locais que não estão sendo usados dispensam lâmpadas acesas. Lembre-se de que pinturas escuras dentro de casa exigem mais iluminação, gerando maior consumo de energia . Em locais de grande circulação (cozinha, área de serviço, banheiro) procure utilizar lâmpadas fluorescentes, que duram mais e reduzem o gasto com energia. 

# Geladeiras e freezers: mantenha o aparelho desencostado de móveis ou paredes, em local arejado e distante de fontes de calor (fogão, luz solar etc.). Evite o "abre e fecha" das portas que provoca grande consumo de energia e não a deixe aberta por longo tempo. Descongele periodicamente. No inverno, regule o termostato do equipamento na menor potência, pois, nesse período, a temperatura não precisa permanecer tão baixa. Saiba que não se deve pendurar roupas na parte traseira do refrigerador. Verifique se a borracha de vedação da porta está em perfeito estado. Não coloque alimentos quentes no interior da geladeira, nem forre prateleiras com toalhas, tábuas, plásticos etc., que prejudicam a circulação do ar frio. Siga rigorosamente as orientações fornecidas pelo fabricante do aparelho. 

# Acumule a maior quantidade possível de roupas e passe-as de uma só vez, evitando ligar o ferro constantemente. Siga a temperatura indicada para cada tipo de tecido. Passe primeiramente as peças que necessitam de baixas temperaturas e vá regulando o aparelho à medida que os tecidos forem necessitando de mais calor para serem desamassados. Antes de terminar o trabalho, desligue o ferro, aproveitando o calor restante para passar peças leves e pequenas. 

# Evite banhos demorados. Limpe os orifícios de saída de água regularmente. Mude a chave do chuveiro de inverno para verão nos dias quentes. Faça isso com o aparelho desligado. 

# Desligue a televisão quando ninguém está assistindo e não durma com a tevê ligada. Caso o aparelho disponha de "timer", programe-o adequadamente. 

# Utilize máquinas de lavar e secar em sua capacidade máxima, porém, sem sobrecarregá-las. Mantenha os filtros limpos. No caso das lavadoras, a quantidade de sabão deve ser adequada, de acordo com o indicado pelo fabricante. Mantenha o nivelamento dos aparelhos em relação ao chão. 

# Evite ligar e desligar a torneira elétrica constantemente. Ensaboe todas as peças e só depois enxágüe. 

# Habitue-se a fazer uma manutenção periódica em toda parte de fiação elétrica e dos equipamentos da residência. 

Telefone: 
# Procure utilizá-lo racionalmente. Ligações mais demoradas e/ou interurbanas ficarão mais baratas se feitas em horários de tarifas reduzidas. Informe-se junto às operadoras e pesquise quais são esses horários. Lembre-se de que as ligações em aparelhos celulares possuem tarifas mais elevadas. 

# A utilização da Internet pode ocasionar aumento significativo no valor da conta telefônica. Estabeleça limites para o uso e verifique os horários que apresentam tarifas mais baratas. 

Água: 
# Mantenha as torneiras sempre bem fechadas e verifique regularmente se não há vazamentos. Utilize a água racionalmente para lavar roupas, louças, limpeza e banho. 

Aluguel e condomínio: 
# Procure não comprometer mais do que 1/3 de seu orçamento com o aluguel e condomínio. Pague sempre em dias essas despesas, evitando juros e multas. Participe regularmente das assembléias de condomínio. 

# Impostos como IPVA, IPTU e outros devem ser considerados na elaboração de seu orçamento. Contribuições a orgãos de classe e compromissos com instituições assistenciais não podem ser esquecidos e devem ser relacionados. 

Despesas eventuais: 
# Preserve sempre uma parcela de seu salário para os gastos imprevistos que podem ocorrer mensalmente, como: a compra de remédios, a necessidade de adquirir um presente, um pequeno reparo em um eletrodoméstico ou uma saída com a família ou amigos. 

# Despesas sazonais como volta às aulas, datas comemorativas (Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa etc.), também devem ser consideradas. Elas podem representar um gasto substancial em seu orçamento. 

Na hora da compra: 
# Ao fazer suas compras é importante lembrar que os estabelecimentos comerciais colocam à sua disposição diferentes formas de pagamento. Evite qualquer comprometimento do seu orçamento, analisando a real necessidade da compra em parcelas e seu efetivo custo. 

# À vista: opte por esta forma de pagamento. Isto pode possibilitar bons descontos e evitar futuros aborrecimentos. 

# A prazo - fique atento às taxas de juros cobradas para o financiamento de mercadorias e serviços. O preço à vista, da entrada, das parcelas, do total a prazo, bem como as taxas de juros, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a TAC (Taxa de Abertura de Crédito) devem ser informados previamente, conforme está previsto no Código de Defesa do Consumidor. 

# Mesmo no parcelamento "sem acréscimo" geralmente estão embutidos altos juros. 

# Atrasos no pagamento da prestação de financiamento implicam multa de até 2% . 

# É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos débitos, total ou parcialmente, mediante a redução proporcional dos juros e demais acréscimos. 

# Cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente. Cuidado: 

- a insuficiência de fundos pode caracterizar crime; 

- ao sustar o cheque você não estará livre da obrigação do pagamento nem de ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto nos casos de perda, furto ou roubo e mediante a apresentação do boletim de ocorrência. 

# Cheque pré-datado é um acordo informal entre fornecedor e consumidor. Se você for utilizá-lo como forma de pagamento, faça constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os números dos cheques e as datas previstas para os descontos . Esta é a sua única garantia caso o fornecedor venha a depositá-lo antes do combinado. 

# Os valores desses cheques deverão fazer parte de seu orçamento (despesas fixas) durante os meses em que eles serão descontados. Se possível faça opção de pagamento por meio de carnê, principalmente se a mercadoria for para entrega futura. 

# Cheque especial - evite entrar no limite do cheque especial, já que as taxas de juros costumam ser muito elevadas; não faça desse limite um segundo salário. 

# Cartão de crédito - o controle das despesas realizadas com cartão exige cuidados. Verifique a conveniência de ter mais de um cartão, não se esquecendo de incluir, em suas despesas, as anuidades. Pague a fatura integralmente na data do vencimento. Além da multa de até 2% por atraso no pagamento, os juros cobrados no parcelamento do saldo devedor são muito altos. Em situação de inadimplência, seu cartão poderá ser cancelado.

- É ilegal estipular preços diferenciados para pagamento à vista e no cartão. 
Por Carla Oliveira 
Fonte: SOS Consumidor

Você controla seu cartão de crédito ou ele que controla você?

Especialista em finanças explica a Oneomania, a doença do consumismo, e diz como evitar chegar a esse ponto
Não é surpresa para ninguém que um dos grandes vilões do sucesso financeiro, é o perfil consumista. Conhece uma pessoa que vai ao shopping comprar algo que realmente não precisa? Ou mesmo aquela que visita endereços de compra na Internet e adquire as mais diversas e desnecessárias bugigangas? Mas quando consumimos em excesso e somos financeiramente descontrolados, o resultado é inevitável: aumento de dívidas com cartões de credito, conta corrente negativa, perda de bens, e, até mesmo, lares destruídos. Pessoas endividadas, muitas das vezes, se isolam e, para amenizar suas dores e carências, fruto do próprio isolamento, recorrem à novas compras, e, então, inicia-se um círculo vicioso sem fim.

Segundo o palestrante e coach financeiro, Robson Profeta, nossa sociedade valoriza o “ter” em detrimento do “ser”. “É uma constatação. Somos acostumados a avaliar - e sermos avaliados - pelas nossas roupas, casas, carros, hierarquia social, patentes etc”, comenta o profissional. “Além disto, a maioria dos veículos de comunicação está vendendo tudo a todo instante. Temos o Big Data, ou seja, a inteligência das máquinas que analisa nosso padrão de consumo na Internet. Se você, inocentemente clica em um anúncio de sapato, a foto deste sapato aparecerá nas suas redes sociais, sites de busca, e-mail, ou mesmo no seu celular”, completa.

Além de sermos uma sociedade de consumo, segundo o coach, o problema vai muito mais a fundo “Como se não bastasse, existe em nosso cérebro, um neurotransmissor chamado dopamina - responsável pela sensação de prazer. Este neurotransmissor também é liberado quando vamos às compras. A dopamina funciona como uma droga, seu efeito causa prazer, mas passa cada vez mais rápido, e então, precisamos de mais. É como se estivéssemos aumentando a dose da droga, pois a mesma está perdendo seu efeito”, diz Robson.

Ainda de acordo com o profissional, o medo, ansiedade, depressão e angústia, são alguns sentimentos comuns na sociedade atual. Estes sentimentos precisam ser combatidos para que nossa vida não fique preto e branca “Quando preenchemos nossas vidas com amigos, esportes, encontros sociais, a tornamos colorida. Bem ou mal, as compras também entram aqui para ajudar a colorir nossas vidas”, conta o coach. Se vivemos o consumismo; se a tecnologia nos ajuda a consumir mais e mais; se sentimentos ruins existem e precisamos espanta-los; se existe um neurotransmissor que gera prazer ao comprar, fica muito fácil entender porque consumimos.

A primeira etapa para o tratamento da ‘Oneomania’ é a tomada de consciência. É reconhecer a existência do problema e, claro, se não conseguir resolver, buscar ajuda profissional. Além de profissionais especializados, que podem auxiliar no processo de cura, existem sites de apoio como, por exemplo, ‘Devedores Anônimos’, que prestam um excelente serviço à sociedade”, aconselha o especialista.
Fonte: Administradores

5 PRÁTICAS ABUSIVAS NA RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

Saiba quais são os direitos do consumidor endividado e confira alguns abusos que você não deve aceitar na hora de renegociar uma dívida
Imagem internet
Com a instabilidade econômica, aumento da inflação e do desemprego, ficou difícil para muitos consumidores darem conta de quitar suas dívidas. Às vezes, não sabem nem por onde começar.

O primeiro passo importante é conhecer bem a dívida. Ler o contrato e descobrir todos os detalhes que a compõem, incluindo juros, total aprazo e o que você já pagou. Uma opção é usar a Calculadora do Cidadão do Banco Central para simular financiamentos com prestações fixas e a correção de valores. A calculadora está disponível aqui.

Se o credor dificultar o acesso à informação, procure um serviço de reclamação do órgão regulador da área: o Banco Central, no caso dos bancos, e a Anatel, no caso de empresas de telefonia, por exemplo. O consumidor tem direito de saber todos os detalhes das suas dívidas.

De acordo com a Serasa Experian, é preciso tomar alguns cuidados no momento de renegociar as dívidas, para não piorar ainda mais a situação. Confira 5 práticas abusivas, que você não deve aceitar.

1. Exigir a compra de um seguro para obter ou renegociar um crédito ou o limite do cheque especial. Essa prática é chamada de venda casada e é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

2. Débito em conta corrente de valor que ultrapasse 30% do seu rendimento mensal ou, no caso do empréstimo consignado, 35%. Há uma série de ações judiciais favoráveis a consumidores que tiveram retenção de salário depositado em conta superior a esses percentuais. Se você ganha R$ 1.000,00 líquidos, o valor total do débito não pode ultrapassar R$ 300,00 ou R$ 350,00 no consignado.

3. Pressão para a renegociação imediata da dívida, por telefone, sem que seja feita a análise prévia de sua capacidade de pagamento. “Não há segurança na negociação pelo telefone e, depois, fica mais difícil renegociar. Não aceite em hipótese alguma que isso seja feito pelo telefone”, alerta a dra. Vera Lúcia Remedi, advogada especializada em direito do consumidor.

4. Oferta de linhas de crédito mesmo quando você está endividado. Muitas vezes, o consumidor já está comprometido com uma instituição financeira e ela continua oferecendo crédito, provocando um agravamento da situação. Portanto, se o que você ganha não comporta mais uma parcela, não se deixe levar.

5. Falta de vontade ou displicência na hora informar o custo do produto financeiro que você está adquirindo. Não se conforme em saber o valor da parcela. Faça questão de perguntar qual é a taxa de juros e o valor total que irá pagar. É importante que você conheça o valor total da dívida para se organizar.
Por: Mariane Rocigno
Fonte: Consumidor Moderno

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Você é educado financeiramente?

Apenas 35% dos brasileiros têm educação financeira, de acordo com pesquisa da Standard & Poor’s
Responda rápido: qual o custo efetivo total do financiamento do seu carro? E da sua casa? A maioria das pessoas não sabem ou pensam que sabem responder a estas perguntas. Preocupamo-nos apenas com o tamanho da parcela mensal e nos esquecemos do quanto estamos pagando de juros ao adquirir aquele determinado bem, tão sonhado. Isso acontece porque está no nosso instinto sermos hedonistas e imediatistas, e, infelizmente, não contamos com um acompanhamento acadêmico formatado para atenuar a ansiedade e ajudar-nos a tomarmos a melhor decisão na hora de gastar o dinheiro.

Na escola aprendemos sobre anatomia humana, preservativos e DSTs, mas não obtemos instrução alguma de como investir, guardar dinheiro ou usar com sabedoria o cartão de crédito. Costumamos replicar os hábitos financeiros dos nossos pais e pedir conselhos a amigos sobre aplicações, que quase sempre estão fazendo péssimas escolhas financeiras, e qual o resultado desse processo? Inflação, economia fraca e famílias endividadas. Para ilustrar o problema, uma pesquisa da Fecomercio-SP constatou que, para uma dívida total de R$ 800 bilhões dos brasileiros em 2015, os juros bateram R$320 bilhões, o equivalente a 40%.

Portanto, não nos surpreende o resultado de uma outra pesquisa, esta da Standard & Poor’s, que apurou que 65% dos Brasileiros não são educados financeiramente. A pesquisa envolveu mais de 150.000 pessoas adultas em cerca de 40 países, entrevistados ao longo de 2014, na qual foram testados seus conhecimentos em quatro básicos conceitos financeiros: capacidade de perceber e usar números, capitalização de juros, inflação e diversificação do risco.

Os entrevistados foram convidados a responder 5 perguntas simples sobre finanças:
  • Suponha que você tenha algum dinheiro. É mais seguro colocar seu dinheiro em um negócio ou investimento, ou colocar seu dinheiro em vários negócios ou investimentos diferentes? Resposta correta: vários negócios ou investimentos diferentes;
  • Suponha que ao longo dos próximos 10 anos os preços das coisas que você compra habitualmente dobrem. Se o seu rendimento também dobrar, você será capaz de comprar menos do que você pode comprar hoje, o mesmo que você pode comprar hoje, ou mais do que você pode comprar hoje? Resposta correta: o mesmo que você pode comprar hoje;
  • Suponha que você precisa tomar emprestado R$100,00. Qual é o montante mais baixo para pagar: R$ 105,00 ou R$ 100,00 mais 3%? Resposta correta: R$ 100,00 mais 3%;
  • Suponha que você vai colocar dinheiro no banco para dois anos e o banco concorda em adicionar 15% ao ano para a sua conta. O banco adicionará mais dinheiro para a sua conta no segundo ano em relação ao montante que adicionou no primeiro ano? Ou vai adicionar a mesma quantidade de dinheiro em ambos os anos? Resposta correta: O banco adicionará mais dinheiro para a sua conta no segundo ano em relação ao montante que adicionou no primeiro ano;
  • Suponha que você tinha R$100,00 em uma conta poupança e o banco acrescenta 10% ao ano para a conta. Quanto dinheiro você tem na conta depois de cinco anos, se você não removeu qualquer dinheiro da conta? Mais que R$ 150,00; exatamente R$ 150,00; menos que R$ 150? Resposta correta: Mais que R$150,00.
Foram considerados financeiramente educadas aquelas pessoas que conseguiram responder corretamente 3 das 5 perguntas acima. No Brasil, o índice alcançado foi de 35% dos entrevistados, abaixo da média mundial de 36%, amargando o 67º lugar no Ranking, abaixo de países como Tanzânia, Azerbaijão, Camarões e Senegal. O resultado da pesquisa aponta que temos uma boa parcela de culpa na crise pela qual estamos atravessando.

Você faz pesquisa de preço quando tem interesse em adquirir algum bem? Sabe o conceito de juros compostos? Faz algum controle de gasto familiar? Compra coisas que realmente precisa, ou consome por impulso? Quanto você poupa da sua remuneração mensal? Conhece outros tipos de investimentos senão poupança?

Aliás, poupar num cenário de crise é ainda mais importante, não só o ajudará a superar imprevistos, como também lhe permitirá aproveitar oportunidades. Não se deixe levar por pessoas que desvirtuam o conceito de poupança e economia. Certamente você já ouviu alguém dizer: por que vou poupar se posso morrer amanhã mesmo? Ora, tudo na vida tem um fim. Se pensarmos dessa forma não faremos absolutamente nada. Poupança não implica privação, sacrifício, vida simplória ou miséria. É abdicar de satisfações imediatas e efêmeras em prol de conquistas maiores, mais edificantes e duradouras num determinado prazo.

Educação financeira sozinha não vai resolver todos os problemas que os brasileiros enfrentam. Mas considerar que desde que as escolas investiram em educação sexual, dentre 1980 e 1990, o índice de gravidez entre adolescentes caiu consideravelmente, imagine o que poderia acontecer se as pessoas aprendessem o básico sobre dinheiro.
Por Matheus Campos de Matos
Fonte: administradores.com

Como evitar o superendividamento e organizar as contas

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Sem planejamento, condições facilitadas de crédito podem ser a porta para a inadimplência. Entenda como sair do vermelho


Manter as contas no azul é um desafio se o consumidor não fizer um planejamento financeiro adequado. Em alguns casos, condições favoráveis de crédito podem se tornar uma armadilha se não houver cuidado.

Para ajudar o consumidor a entender o que leva ao superendividamento e como tomar a melhor decisão na hora das compras, o Portal Brasil buscou informações com educadores financeiros e professores.

Newton Marques, professor da Universidade de Brasília (UnB), explica que é comum o momento das compras se tornar uma válvula de escape para estresse e problemas cotidianos.

Isso, somado a facilidades de acesso a crédito, acaba levando o consumidor a acumular parcelas além do que o seu orçamento suporta.

Como comprar de maneira consciente

Marques recomenda que, antes de concretizar qualquer compra, responda-se a três perguntas:

1) tem necessidade?

2) tenho dinheiro? 

3) tem de ser agora?

Se a resposta para essas três perguntas for sim, então o consumidor está capacitado para consumir. Se a resposta for não para qualquer uma delas, não compre”, explicou.

Ao planejar seus gastos, especialistas orientam que o consumidor tenha em mãos quais foram seus gastos e seu orçamento nos últimos 12 meses e qual são expectativa de renda para os próximos 12 meses.

Com base nesses dados, é possível saber, a cada mês, se aquela prestação a mais cabe no orçamento e até quanto ela irá comprometer sua renda.

Como renegociar uma dívida

Para quem já está superendividado, uma opção é renegociar a dívida junto ao banco. “Com essa expectativa de receita e despesa para os próximos 12 meses, o consumidor deve procurar o banco e propor um parcelamento que permita sair daquela dívida”, sugeriu Marques.

Segundo o economista, é preciso tentar chegar a um acordo no qual seja possível pagar a dívida e ainda sobrar dinheiro suficiente, em cada mês, para que todas as despesas essenciais sejam pagas.
Fonte: Portal Brasil

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Finanças pessoais: três em cada 10 jovens não tem controle de seu dinheiro

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Os mais jovens – entre 18 e 24 anos –são os que menos se preocupam com esse controle, índice esse que chega a 79,8% dos jovens no País, segundo pesquisa do SPC Brasil e da CNDL

Os jovens não sabem como administrar suas finanças pessoais. Essa é a constatação da pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que identificou que 32,2% dos jovens, ou três em cada 10 jovens, não faz controle sistemático de suas finanças.

Outro ponto que constatou o descontrole das finanças pessoais entre os jovens brasileiros é que 76,4% deles afirmaram controlar seu dinheiro de cabeça, sendo que os homens são os com menor controle com 83,2% dos respondentes. Os mais jovens – entre 18 e 24 anos –são os que menos se preocupam com esse controle, índice esse que chega a 79,8% dos jovens no País. 
A falta de hábito foi mencionada por 22,1% dos respondentes da pesquisa como o motivo pela não preocupação com a organização financeira. Para 17,4% deles, o fato de não ter uma renda fixa mensal é o que leva a não se preocupar com as finanças. Na opinião do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, é importante que o jovem saiba qual a situação das suas contas, despesas e rendimentos. “Este é um comportamento que precisa ser cultivado desde cedo, para que possa prosseguir na vida adulta e, assim, gerar impactos verdadeiramente positivos, duradouros e de longo prazo”.
Em contrapartida aos dados já mencionados, 67,8% dos jovens disseram ter controle de suas finanças e usam um caderno para anotar os rendimentos e as despesas, com 32,9% das menções. A planilha de computador é usada por 24,3% e os aplicativos de celular por 10,6% deles. Outro dado importante identificado na pesquisa é que  91,4% garantiram saber o valor de suas contas básicas;  85,9% afirmaram saber o valor das prestações e financiamentos a pagar nos próximos meses e 76,7% sabem qual será a renda total, considerando o salário, recebimento de aluguéis, entre outros.
Despesas mensais
As principais despesas mensais desses jovens são: gastos com alimentação com 65,2% das menções, tv a cabo ou internet com 50%, serviços básicos 39% e telefonia fica ou móvel com 37,4%.
A internet é uma despesa mensal para 80,1% dos respondentes, água e luz para 75,1%, telefonia fixa ou móvel 68,9% e as parcelas do cartão de crédito para 63,1% dos jovens.“Em todos esses casos, constatam-se percentuais mais expressivos na faixa etária de 25 a 30 anos, o que é natural considerando que nesta faixa, muitos já possuem uma renda maior, sendo mais participativos no orçamento da casa ou iniciam uma vida familiar independente”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Com relação ao pagamento dos compromissos financeiros mensais, grande parte dos jovens ouvidos consegue mantê-los em dia: 84,2% conseguem pagar as contas na maioria das vezes, sendo que 54,8% garantem ainda haver sobra de dinheiro. Para outros 29,4%, as contas são pagas, mas não sobra nenhum valor na maioria das vezes. Em contrapartida, 10 % afirmam que nem sempre conseguem pagar as contas e algumas vezes precisam fazer muito esforço para administrar o dinheiro e 5,8% admitem não conseguir pagar as contas.
Endividamento
A pesquisa das entidades sobre as finanças pessoais dos jovens e divulgada nesta quinta-feira (8) mostrou que o valor médio total das dívidas atrasadas é de R$ 464,20. Porém, as dívidas apresentam valores bastante variados e diretamente relacionados ao bem ou serviço adquirido: as contas de telefone fixo ou celular, por exemplo, possuem valores que correspondem a menos de R$ 100; já o financiamento da casa própria ultrapassa R$ 2.900.
Para os jovens que possuem contas em atraso, a principal razão apontada para a falta de pagamento é a diminuição da renda para 26,1% deles seguida pela perda do emprego para 26% dos jovens e problemas de saúde para 8,1% dos respondentes da pesquisa. Segundo Vignoli, a justificativa dada para deixar de honrar compromissos sugere que muitos jovens podem estar vivendo fora do padrão mais adequado à sua realidade financeira.“ Provavelmente não estão administrando suas finanças da melhor forma possível. Uma boa organização financeira leva em conta também a realização de uma reserva para emergências, o que em uma situação temporária de diminuição da renda ou perda do emprego, impediria que o consumidor acabasse ficando inadimplente. Portanto, é aconselhável rever os hábitos de consumo e readequar seus gastos”, aconselha o educador financeiro, José Vignoli.
Investem pouco
Outro dado que mostra que as finanças pessoais não são tão importantes aos jovens brasileiros é que 22,8% deles afirmaram não ter nenhum investimento. Em contraponto, 7401% disseram ter a poupança como canal de investimento, seguido pelo dólar 14,6%, fundos de renda fixa e fundo de ações com 14,4% e previdência privada com 13,8% das menções dos entrevistados.  A poupança também foi identificada como o primeiro recurso a ser utilizado por 38,5% dos jovens, caso passem por dificuldades financeiras. Outros 20,2% mencionam empréstimos com familiares, amigos ou conhecidos, e 12,9% fariam empréstimos bancários, de financeiras ou consignado.
Fonte: Brasil Econômico

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Prometeu colocar as contas em ordem no Ano-Novo? Veja como cumprir!

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Ano Novo é sempre momento de renovar as esperanças. E também de lidar com contas pesadas para pagar logo após o estouro dos fogos. IPVA, IPTU, material escolar. Para quem começou a entrar na linha recentemente, por vontade própria ou por força das circunstâncias, é hora de olhar para trás e corrigir eventuais erros, inclusive na administração do orçamento doméstico.

Especialistas dão dicas para aperfeiçoar seu orçamento ou montar sua planilha agora.

- Reveja as anotações. Se não anotou nada, comece já

Se você já anota suas receitas e despesas, faça um balanço do ano. A conta de luz subiu demais em 2016? Pode ser algum aparelho com defeito ou alguém da família que esteja demorando demais no chuveiro. "É um bom momento para descobrir falhas nas planilhas, perceber alguma despesa que fugiu do controle ou que simplesmente não foi anotada", afirma Roberto Vertamatti, diretor de Economia da Anefac.

- Anote tudo, mas tudo mesmo

Especialistas afirmam que é preciso lembrar de todas as despesas, até do lanche do trabalho, ou da "passadinha rápida" na farmácia, na padaria ou no mercado. Esses valores, embora individualmente pequenos, quando somados fazem toda a diferença no fim do mês.

- Troque o restaurante pela marmita

"Em vez de comprar lanche ou almoçar perto do serviço, que normalmente é mais caro, pode levar comida de casa ou passar no mercado antes do trabalho", afirma o professor Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper. "Outra boa saída é se juntar com os colegas e comprar um micro-ondas, por exemplo. E daí cada um traz comida de casa e prepara no trabalho."

- Lembretes para pagar as contas no dia certo

Pode ser em agenda de papel, computador, porta da geladeira, alarme no celular. Mas não se esqueça de pagar em dia. A despesa pode crescer 10% por causa de apenas um dia. "Mandar uma mensagem para os nossos usuários alertando sobre o dia de pagar o cartão ajudou a reduzir a inadimplência em 11%", conta Thiago Alvarez, presidente do Guia Bolso, aplicativo de orçamento pessoal para celular.

- Reúna a família para economizarem juntos

Falar sobre finanças em família ainda é um tema difícil. O casal não conversa entre si. E também não divide as dificuldades com os filhos. "A família toda tem que ser envolvida. Isso ajuda muito as crianças, no futuro, a controlarem melhor sua vida financeira", afirma Roberto Vertamatti, da Anefac. A conversa em família pode facilitar, por exemplo, a decisão de abrir mão da TV a cabo, de reduzir o plano de internet ou até de vender um carro.

- Conserte, recicle, reaproveite, faça manutenção

Cuide da manutenção do carro, conserte a máquina de lavar, ponha uma capa de proteção no celular para ele durar mais. "Eu realmente preciso comprar um celular de última geração agora? Não vou aproveitar nem 10% do que ele oferece, provavelmente", questiona Vertamatti. "Deixe passar esse momento de aperto, guarde dinheiro aos poucos e lá na frente compre à vista e com desconto."

- Explore as redes sociais, junte os amigos

As redes sociais podem ajudar você a economizar. Você pode montar grupos de pais para comprar material escolar em quantidade, com desconto. Se o esquema der certo, você pode juntar essa mesma turma uma vez por mês para comprar comida e outros produtos em supermercados que vendem por atacado. E a economia será dividida entre todos.

- Estimule seus filhos a ajudar na economia

Seus filhos também podem ajudar, buscando livros usados com colegas mais velhos e oferecendo os livros deles para os mais novos. Esse processo vai conscientizá-los a cuidar mais de cadernos e livros, permitindo reaproveitamento. "Faz bem para o bolso e também para a natureza", declara Vertamatti.

- Renegocie suas dívidas com o banco

Os bancos também sentem a explosão das dívidas atrasadas, e estão mais dispostos a renegociar. Mas é importante que você tome a iniciativa. "Não pode ter vergonha e se acomodar. Quem não tem dinheiro para as despesas do início do ano deve ir ao banco buscar um empréstimo. Não pague apenas parte da fatura do cartão, porque o resto da despesa vai cair no rotativo, cuja taxa é muito maior. Negocie um parcelamento", diz o professor Viriato, do Insper.

- Carro ou casa de praia podem ser a solução

Quem tem dois ou mais carros em casa ou possui outro imóvel e ainda acumula dívidas deve pensar em vender esses bens. "É preciso fazer algum sacrifício" diz Vertamatti. "O sacrifício tem um ótimo efeito para as finanças pessoais. Lá na frente você vai consumir com mais critério."

- Troque o carro por meios de transporte alternativos

A venda de um carro pode gerar muitas economias, sem necessariamente abrir mão de conforto. "Se a pessoa vender o carro e investir o dinheiro, provavelmente os juros daquela aplicação serão suficientes para pagar as despesas de táxi ou do aplicativo de transporte individual (Uber, por exemplo), isso sem contar a economia com gasolina, seguro e impostos", afirma o professor Michael Viriato, do Insper.

- Se o carro é imprescindível, refinancie

Se você usa muito o carro e não pode abrir mão dele, outra alternativa é refinanciá-lo, ou seja, oferecer o veículo como garantia de um empréstimo. "É uma modalidade ainda pouco conhecida. Ao dar um bem como garantia, a taxa de juros do empréstimo cai bastante. Mas se você não pagar, o banco pode ficar com seu carro", explica Viriato.

- Nunca é tarde para mudar

O cheque especial e o rotativo do cartão são as dívidas mais comuns hoje porque não exigem nenhum esforço. Basta gastar além da conta que o banco automaticamente oferece a solução. Mas essa comodidade tem um preço. Ainda dá tempo de mudar: pesquise com seu gerente ou no site do banco as modalidades de empréstimo mais baratas. Se você recebe salário pelo banco, o consignado pode ser uma boa opção.

- Cuidado para não entrar em dívidas sem parar

Pegue o dinheiro de empréstimos mais baratos para pagar as dívidas mais caras. As prestações ao longo dos próximos meses serão bem mais suaves. Mas tome cuidado para não cometer o erro de entrar de novo no cheque especial ou no cartão.

Revise o seu orçamento para descobrir por que a conta continua não fechando. "As pessoas superestimam a própria renda em cerca de 8%. Elas cometem erros bobos, como deixar de descontar os impostos, por exemplo", diz Thiago Alvarez, do Guia Bolso.

Comece a planejar hoje 2018, 2019… e 2048.

Separe uma parte das economias para os imprevistos e, principalmente, para os previstos, como o IPTU, IPVA e material escolar de 2018. "Junte desde já R$ 100 todo mês. Carimbe esse dinheiro e guarde, mesmo que seja na poupança. Você com certeza vai começar 2018 no azul", declara Vertamatti, da Anefac.

Ele sugere ainda separar alguma sobra para despesas que não são prioritárias, mas importantes, como as férias. "É bom também pensar na aposentadoria, agora mais do que nunca, com a reforma que está em discussão no Congresso. Se o jovem guardar R$ 50 todo mês, daqui a 30 ou 40 anos ele vai se aposentar muito mais sossegado."

Lembre que as coisas podem piorar

"Na bonança, as pessoas não se preocupam muito com o dinheiro porque acham que vão ter um emprego melhor amanhã ou vão receber aumento. Elas só se mexem na crise, quando surge o risco do desemprego, e o salário é devorado pela inflação", diz Alvarez, do Guia Bolso.
por: Téo Takar
Fonte: Uol economia

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Para não se endividar, consumidor deve ser cuidadoso nas liquidações de janeiro

Final de um ano e início de outro é propício à oferta de descontos pelo varejo. Mas é bom ter cuidado para não comprar demais e virar o mês já endividado
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Uma bolsa, um sapato, um perfume ou um vestido. Final de ano tem cheiro de coisa nova. É comum que as pessoas desejem um look diferente para terminar – e começar – o ano. Nesse período também chegam as liquidações, que costumam oferecer descontos de pelo menos 50%. Esperar por elas para fazer as compras pode ser uma boa estratégia. Isso se houver cautela e foco. É preciso ter cuidado para não acabar comprando demais e virar o mês com dívidas.

Ainda dá tempo de se organizar e esperar um pouco para comprar o item tão desejado. A estudante de direito Rebeca Souza, 20, por exemplo, vai fazer intercâmbio no ano que vem e quer aproveitar janeiro para comprar algumas coisas que está precisando. Nos primeiros meses, ela vai enfrentar um clima diferente em Portugal. “Nunca viajei para algum lugar que fosse muito frio, então vou comprar casacos, calças térmicas, leggings e calças jeans”, explica. Além disso, ela também pretende adquirir alguns itens de maquiagem e acessórios para usar na viagem, como uma mochila.

“Geralmente deixo janeiro para comprar coisas bem específicas que estou precisando”, comenta a estudante. Rebeca prefere fazer isso por normalmente encontrar preços mais atrativos e o shopping com menos movimento. Também faz compras pela internet, meio em que costuma achar descontos maiores. Para não comprar itens que não precisa, faz uma lista do que pretende adquirir. Costuma levá-la ao shopping, para conseguir ser mais prática e não perder o foco. Na hora de pagar as compras em janeiro, ela usa o dinheiro que ganha no Natal junto com o que economizou durante o ano.

Mas o exemplo de Rebeca não é regra. Pelo contrário, pode até ser considerado exceção. Ao se deparar com preços mais atrativos, é comum que as pessoas acabem comprando. Mesmo que não sejam itens necessários. De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 46,6% dos consumidores possuem um grau médio de impulsividade na hora das compras. Os fatores externos que mais influenciam nas compras por impulso são a promoção (25%) e o preço atrativo (21%). 

Apesar dos perigos, as promoções de janeiro parecem um bom momento para investir no produto desejado. “É uma excelente ideia, por ter melhores preços e mais tempo para pensar no que realmente você está precisando”, opina o educador financeiro Rafael Seabra. Na hora de planejar a compra, a pessoa deve ter alguns cuidados. Escolher quais itens está querendo, acompanhar o preço deles para constatar se realmente caíram, por exemplo, são alguns deles. 

Acontece de as compras de janeiro gerarem dívidas. Mas, segundo Seabra, o mais comum mesmo é que as pessoas já virem o ano endividadas. “Não só pelos gastos de fim de ano, mas também pelas despesas com matrícula, material escolar e impostos”, explica. Se ocorrer de haver exagero nas compras de janeiro, a tendência é ficar pior ainda.
por Gabriela Araújo 
Fonte: Diário de Pernambuco

Por que é tão difícil cumprir metas financeiras para o próximo ano?

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Quantas vezes você prometeu a si mesmo que iria seguir uma dieta à risca, mas não levou o plano adiante? O mesmo deve ter acontecido algumas vezes quando você se mostrou determinado a economizar mais dinheiro e rever suas despesas. Nossa dificuldade em levar adiante aquilo que desejamos não é gratuita: em psicologia econômica, o conceito de "falácia do planejamento" ajuda a explicar porque isso acontece. De um modo geral, tendemos a subestimar o tempo necessário para realização de uma tarefa. 

E se engana quem imagina que isso afeta somente as finanças pessoais. Artigo publicado pela Gall Up apontou que grandes projetos acabam superfaturados ou finalizados fora do prazo estimado porque as empresas tendem a focar mais em aspectos racionais e técnicos do que no comportamento dos funcionários envolvidos. Grandes estruturas, como o Eurotúnel e a Eurodisney, custaram praticamente o dobro do que o orçamento inicial, conforme apontado pela Gall Up.

Um estudo científico desenvolvido pelos pesquisadores Roger Buehler, Dale Griffin e Michael Ross apontou três fatores interessantes que interferem na forma como fazemos planejamento. O primeiro deles é que temos uma tendência a subestimar o tempo que vamos levar para realizar algo. Tendemos a ter uma visão geral do que pretendemos realizar e não mensuramos o tempo necessário para cada etapa de um projeto.

Por exemplo, dizemos a nós mesmos a cada virada de ano que vamos economizar mais dinheiro no período que está começando, mas não fazemos um plano detalhado de como vamos cumprir essa promessa. Pense a respeito disso: quantas vezes você se preparou para ir ao mar pular sete ondas no dia 31 de dezembro, mas sem um planejamento detalhado de como passaria a economizar mais? 

Além disso, os pesquisadores apontaram que também tendemos a nos espelhar em um cenário imaginário, em vez de focar em experiências passadas. Isso explica, por exemplo, porque você sempre permanece otimista sobre ficar com o corpo em forma para o verão, mesmo tendo desistido várias vezes da dieta rigorosa e da rotina de exercícios para atingir a meta.

Uma outra conclusão do estudo foi a tendência que temos a menosprezar experiências passadas, especialmente as negativas. É como se fizéssemos uma edição do passado como forma de não reviver uma experiência dolorosa. Isso explica porque muita gente volta a tomar um empréstimo arriscado, mesmo depois de ter passado por uma experiência desastrosa de endividamento fora do controle. A mera convicção de que "aprendi com o que aconteceu, não vou deixar que aconteça de novo" pode ser suficiente para convencer alguém a cometer o mesmo erro. 

Com base em tudo que foi dito aqui, se você não quer que a falácia do planejamento atrapalhe seus planos de organização financeira, existem algumas medidas que podem ser úteis para um planejamento mais efetivo. Se a ideia é começar a investir, por exemplo, é válido começar com montantes menores e ir aumentando os valores gradativamente. Se você percebe que está gastando demais, seja prático para estabelecer uma forma de reduzir as despesas: enumere os aspectos da rotina que mais consomem seu dinheiro e vá trabalhando, aos poucos, para reduzi-los. À medida que for conseguindo, você vai cortando outros gastos. Confie mais em objetivos palpáveis. Se você tem uma meta de fazer o dinheiro render mais, mas não sabe por onde começar, converse com especialistas de mercado e pesquise produtos financeiros.
por Samy Dana
Fonte: G1 - 27/12/2016