terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

COMO SALDAR AS DÍVIDAS DEPOIS DO CARNAVAL?

Realmente o famoso ditado popular brasileiro que diz que o ano começa após o Carnaval tem sentido. É depois da folia que, com a cabeça no lugar, as pessoas vão parar, sentar e ver a real situação de suas dívidas. Só então percebem que estão no vermelho e que gastaram mais do que deveriam.
A maioria dos brasileiros não se preocupa com as finanças em épocas de festas e só se dá conta de que está no vermelho depois que as cartas de cobrança chegam em casa. De acordo com dados do Banco Central, 60,9 milhões de pessoas atualmente têm operações de crédito ativas em instituições financeiras no país. E um em cada três brasileiros já tem algum empréstimo de pelo menos R$ 1 mil em bancos, financeiras ou no cartão de crédito.
Se você um desses e atualmente está desesperado porque não sabe de onde tirar dinheiro para pagar as dívidas ou usou o cartão de crédito de maneira desenfreada e agora não sabe como sair do vermelho, fique calma. Reinaldo Domingos, educador financeiro, autor do livro "Livre-se das Dívidas" e idealizador do DSOP Educação Financeira dá dicas de como usar corretamente o cartão de crédito.
"O que acontece é que o limite de crédito utilizado pela grande maioria quase sempre é muito maior do que o ganho mensal da pessoa", lamenta Reinaldo.
Por exemplo, uma pessoa que tem renda mensal de R$ 5 mil, pelas facilidades de créditos oferecidas pelas instituições financeiras, tem direito a limites muito acima da sua capacidade de pagamento. "Com isso é estimulada a consumir acima da capacidade de pagamento, o que provoca a quitação da parcela mínima e o início de um desequilíbrio financeiro."
E agora, como retomar as finanças depois do Carnaval? O educador financeiro conta que, primeiro, você precisa se reorganizar. E isso dependerá muito da situação financeira de cada um. "Caso você tenha extrapolado, faça uma verdadeira faxina financeira e busque economizar em tudo que for possível. Reúna a família e mobilize todos para uma retomada no controle financeiro, buscando reduzir cada despesa até mesmo as essenciais, como energia elétrica, água, telefone e alimentação."
Depois comece a organizar os pagamentos. As contas que estão em dia não devem ser mantidas assim. Já as que você não conseguem pagar na data devem ser relacionadas num papel, com tipo de credor, valor total devido, taxa de juros cobrado e desde quando se encontra vencida.
E não procure o credor antes de assumir o controle do dinheiro que entra e o dinheiro que sai. É muito comum a pessoa inadimplente buscar acordo com o credor e depois não conseguir honrar o compromisso assumido. "Mesmo que o nome esteja negativado é preciso ter calma e consciência que, do mesmo jeito que o nome foi negativado uma vez, poderá ser ativado novamente", diz Reinaldo. "Basta se organizar."
Por Marisa Walsick (MBPress)
Fonte: Vila Mulher

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