segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Saiba como aproveitar o CARNAVAL sem prejudicar o seu orçamento


De acordo com educador financeiro, customização de roupas é uma boa opção para economizar dinheiro com fantasias durante as festas de carnaval

O carnaval está chegando e com ele, muitos planejam viajar, participar de eventos nas cidades e até mesmo descansar. Para isso, é importante que as pessoas analisem suas condições financeiras e utilizem apenas o necessário para que não fiquem endividados ou com o orçamento apertado após o término das festas.

“Planejar o carnaval com antecedência é um excelente hábito tanto para a saúde física, quanto para a financeira. Assim a pessoa ou família tende a aproveitar o feriado de forma mais consciente, evitando excessos e respeitando o orçamento. Afinal, quem deseja que cinco dias comprometam a vida financeira até o final do ano?”, afirmou o educador financeiro e diretor da DSOP ABC em São Paulo, Edward Cláudio Jr.

Para ajudar o consumidor a economizar no feriado, o diretor da DSOP ABC separou 6 dicas que impactarão no planejamento e no diagnóstico financeiro para o período carnavalesco.

1- Crie um orçamento
Para evitar que o período de festas se transforme em pesadelo, se planeje de acordo com sua condição financeira atual. Procure fazer um orçamento antecipado desses gastos, levando em consideração também seus ganhos e despesas habituais.

2- Economize na fantasia
Caso vá participar de blocos de rua ou festas temáticas, cuidado para não gastar excessivamente nas fantasias, principalmente nas alugadas. Uma boa dica é utilizar as que já têm ou apostar na customização de roupas para incrementar o visual.

3- Planeje viagens com antecedência
Se for viajar, busque pesquisar com antecedência os melhores pacotes e condições de pagamento. Caso seu orçamento esteja comprometido, uma boa opção é se divertir com o que tem e programar as viagens para o próximo ano.

4- Evite o desperdício
Uma opção para quem quer economizar é ficar em casa. Porém, se mantenha atento aos gastos de água, luz e gás. Quando for cozinhar, opte por itens mais frescos e evite o desperdício de alimentos, buscando reaproveitar as sobras para desenvolver novas receitas. 

5- Participe de eventos gratuitos
Em várias cidades há eventos gratuitos e comunitários para toda a família e com programações especiais. Porém, é importante ficar atento aos gastos com o transporte, gasolina e estacionamento. Uma boa opção para esses casos é o transporte público ou o compartilhamento de táxi com os amigos.

6- Não gaste mais do que pode
Não se deixe levar pela euforia do carnaval. Por mais que o período seja festivo, mantenha os pés no chão e evite o descontrole financeiro. Tome cuidado com o consumo exacerbado, seja ele de alimentos, bebidas alcoólicas, festas em casa ou viagens. Respeite o seu padrão de vida nessa data, para que possa seguir 2017 sem muitos prejuízos no orçamento.
Fonte: Brasil Econômico

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Dicas para diminuir as despesas domésticas

Com medidas simples, é possível reduzir bastante os gastos mensais com energia elétrica, água, telefone e outras despesas. Saiba como! 

Todos os meses, a grande maioria da população se desdobra para tentar equilibrar o orçamento doméstico. Mas, invariavelmente, os gastos acabam sendo maiores do que os ganhos. Sim, o salário está curto e os preços estão altos. Mas, em muitos casos, o que faz a diferença são pequenos descuidos que, somados, representam um enorme prejuízo. 

A médica Neide Frederico, de São Paulo, aprendeu a lição. Ela não se conformava com o valor da conta de telefone na sua casa, onde mora com as quatro filhas. "Eu perguntava para os meus conhecidos e ninguém gastava tanto quanto eu. Alguma coisa estava errada", afirma. Ao analisar sua conta de telefone, ela percebeu que a maior parte das ligações feitas eram para celulares, que custam até 20 vezes mais do que ligações para telefones fixos. "Fizemos uma reunião aqui em casa e chegamos a uma conclusão: ligar para celular só em caso de extrema necessidade e para dar recados curtos". 

Neide ainda acabou descobrindo outras formas de economizar. "Existem horários e dias melhores para fazer ligação, em que a tarifa fica 30%, 50% ou até 75% menor", revela. O resultado é que o valor da conta de telefone caiu pela metade e, empolgada com a economia feita, a família toda já pensa em outras medidas para reduzir os gastos. "Agora vamos analisar como podemos diminuir a conta de luz e de água", diz a médica. 

Muitas pessoas podem pensar que não vale a pena se esforçar para economizar um pouco aqui, outro tanto ali. Mas, juntando pequenas quantias, no final a economia é bastante significava. Leia abaixo as dicas do Procon (Fundação de Proteção ao Consumidor) para controlar seu orçamento doméstico. Se você levar a sério todas essas recomendações, verá como é fácil evitar desperdícios e outras armadilhas que fazem o dinheiro desaparecer do seu bolso! 

Alimentação: 
# Antes de ir ao supermercado, elabore uma lista de tudo o que você precisa. Desta forma, evitará gastos desnecessários. Fique atento à disposição dos produtos nas prateleiras: supérfluos e itens mais caros estão, normalmente, sempre ao seu alcance. 

# Lembre-se de que as pessoas têm maior tendência a comprar supérfluos quando vão ao supermercado com fome. 

Vestuário: 
# Não compre por impulso. Pesquise! O mesmo produto pode, por vezes, ser encontrado em diversas lojas por preços diferenciados. Cuidado com as promoções. Nem sempre elas são tão vantajosas quanto se apresentam. 

Mensalidades: 
# Atente-se às cláusulas referentes às datas de vencimento dos pagamentos, assim como às penalidades previstas em contrato. Procure, se possível, adequar os vencimentos a datas posteriores a do recebimento do seu salário. 

Energia elétrica: 
# Aproveite a iluminação natural, abrindo cortinas e janelas. Locais que não estão sendo usados dispensam lâmpadas acesas. Lembre-se de que pinturas escuras dentro de casa exigem mais iluminação, gerando maior consumo de energia . Em locais de grande circulação (cozinha, área de serviço, banheiro) procure utilizar lâmpadas fluorescentes, que duram mais e reduzem o gasto com energia. 

# Geladeiras e freezers: mantenha o aparelho desencostado de móveis ou paredes, em local arejado e distante de fontes de calor (fogão, luz solar etc.). Evite o "abre e fecha" das portas que provoca grande consumo de energia e não a deixe aberta por longo tempo. Descongele periodicamente. No inverno, regule o termostato do equipamento na menor potência, pois, nesse período, a temperatura não precisa permanecer tão baixa. Saiba que não se deve pendurar roupas na parte traseira do refrigerador. Verifique se a borracha de vedação da porta está em perfeito estado. Não coloque alimentos quentes no interior da geladeira, nem forre prateleiras com toalhas, tábuas, plásticos etc., que prejudicam a circulação do ar frio. Siga rigorosamente as orientações fornecidas pelo fabricante do aparelho. 

# Acumule a maior quantidade possível de roupas e passe-as de uma só vez, evitando ligar o ferro constantemente. Siga a temperatura indicada para cada tipo de tecido. Passe primeiramente as peças que necessitam de baixas temperaturas e vá regulando o aparelho à medida que os tecidos forem necessitando de mais calor para serem desamassados. Antes de terminar o trabalho, desligue o ferro, aproveitando o calor restante para passar peças leves e pequenas. 

# Evite banhos demorados. Limpe os orifícios de saída de água regularmente. Mude a chave do chuveiro de inverno para verão nos dias quentes. Faça isso com o aparelho desligado. 

# Desligue a televisão quando ninguém está assistindo e não durma com a tevê ligada. Caso o aparelho disponha de "timer", programe-o adequadamente. 

# Utilize máquinas de lavar e secar em sua capacidade máxima, porém, sem sobrecarregá-las. Mantenha os filtros limpos. No caso das lavadoras, a quantidade de sabão deve ser adequada, de acordo com o indicado pelo fabricante. Mantenha o nivelamento dos aparelhos em relação ao chão. 

# Evite ligar e desligar a torneira elétrica constantemente. Ensaboe todas as peças e só depois enxágüe. 

# Habitue-se a fazer uma manutenção periódica em toda parte de fiação elétrica e dos equipamentos da residência. 

Telefone: 
# Procure utilizá-lo racionalmente. Ligações mais demoradas e/ou interurbanas ficarão mais baratas se feitas em horários de tarifas reduzidas. Informe-se junto às operadoras e pesquise quais são esses horários. Lembre-se de que as ligações em aparelhos celulares possuem tarifas mais elevadas. 

# A utilização da Internet pode ocasionar aumento significativo no valor da conta telefônica. Estabeleça limites para o uso e verifique os horários que apresentam tarifas mais baratas. 

Água: 
# Mantenha as torneiras sempre bem fechadas e verifique regularmente se não há vazamentos. Utilize a água racionalmente para lavar roupas, louças, limpeza e banho. 

Aluguel e condomínio: 
# Procure não comprometer mais do que 1/3 de seu orçamento com o aluguel e condomínio. Pague sempre em dias essas despesas, evitando juros e multas. Participe regularmente das assembléias de condomínio. 

# Impostos como IPVA, IPTU e outros devem ser considerados na elaboração de seu orçamento. Contribuições a orgãos de classe e compromissos com instituições assistenciais não podem ser esquecidos e devem ser relacionados. 

Despesas eventuais: 
# Preserve sempre uma parcela de seu salário para os gastos imprevistos que podem ocorrer mensalmente, como: a compra de remédios, a necessidade de adquirir um presente, um pequeno reparo em um eletrodoméstico ou uma saída com a família ou amigos. 

# Despesas sazonais como volta às aulas, datas comemorativas (Dia dos Pais, das Mães, dos Namorados, da Criança, Natal, Páscoa etc.), também devem ser consideradas. Elas podem representar um gasto substancial em seu orçamento. 

Na hora da compra: 
# Ao fazer suas compras é importante lembrar que os estabelecimentos comerciais colocam à sua disposição diferentes formas de pagamento. Evite qualquer comprometimento do seu orçamento, analisando a real necessidade da compra em parcelas e seu efetivo custo. 

# À vista: opte por esta forma de pagamento. Isto pode possibilitar bons descontos e evitar futuros aborrecimentos. 

# A prazo - fique atento às taxas de juros cobradas para o financiamento de mercadorias e serviços. O preço à vista, da entrada, das parcelas, do total a prazo, bem como as taxas de juros, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a TAC (Taxa de Abertura de Crédito) devem ser informados previamente, conforme está previsto no Código de Defesa do Consumidor. 

# Mesmo no parcelamento "sem acréscimo" geralmente estão embutidos altos juros. 

# Atrasos no pagamento da prestação de financiamento implicam multa de até 2% . 

# É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos débitos, total ou parcialmente, mediante a redução proporcional dos juros e demais acréscimos. 

# Cheque é uma ordem de pagamento à vista. Ao emiti-lo, lembre-se de que ele poderá ser descontado imediatamente. Cuidado: 

- a insuficiência de fundos pode caracterizar crime; 

- ao sustar o cheque você não estará livre da obrigação do pagamento nem de ser protestado pelo fornecedor de produtos e serviços, exceto nos casos de perda, furto ou roubo e mediante a apresentação do boletim de ocorrência. 

# Cheque pré-datado é um acordo informal entre fornecedor e consumidor. Se você for utilizá-lo como forma de pagamento, faça constar do pedido, da nota fiscal ou do orçamento os números dos cheques e as datas previstas para os descontos . Esta é a sua única garantia caso o fornecedor venha a depositá-lo antes do combinado. 

# Os valores desses cheques deverão fazer parte de seu orçamento (despesas fixas) durante os meses em que eles serão descontados. Se possível faça opção de pagamento por meio de carnê, principalmente se a mercadoria for para entrega futura. 

# Cheque especial - evite entrar no limite do cheque especial, já que as taxas de juros costumam ser muito elevadas; não faça desse limite um segundo salário. 

# Cartão de crédito - o controle das despesas realizadas com cartão exige cuidados. Verifique a conveniência de ter mais de um cartão, não se esquecendo de incluir, em suas despesas, as anuidades. Pague a fatura integralmente na data do vencimento. Além da multa de até 2% por atraso no pagamento, os juros cobrados no parcelamento do saldo devedor são muito altos. Em situação de inadimplência, seu cartão poderá ser cancelado.

- É ilegal estipular preços diferenciados para pagamento à vista e no cartão. 
Por Carla Oliveira 
Fonte: SOS Consumidor

Você controla seu cartão de crédito ou ele que controla você?

Especialista em finanças explica a Oneomania, a doença do consumismo, e diz como evitar chegar a esse ponto
Não é surpresa para ninguém que um dos grandes vilões do sucesso financeiro, é o perfil consumista. Conhece uma pessoa que vai ao shopping comprar algo que realmente não precisa? Ou mesmo aquela que visita endereços de compra na Internet e adquire as mais diversas e desnecessárias bugigangas? Mas quando consumimos em excesso e somos financeiramente descontrolados, o resultado é inevitável: aumento de dívidas com cartões de credito, conta corrente negativa, perda de bens, e, até mesmo, lares destruídos. Pessoas endividadas, muitas das vezes, se isolam e, para amenizar suas dores e carências, fruto do próprio isolamento, recorrem à novas compras, e, então, inicia-se um círculo vicioso sem fim.

Segundo o palestrante e coach financeiro, Robson Profeta, nossa sociedade valoriza o “ter” em detrimento do “ser”. “É uma constatação. Somos acostumados a avaliar - e sermos avaliados - pelas nossas roupas, casas, carros, hierarquia social, patentes etc”, comenta o profissional. “Além disto, a maioria dos veículos de comunicação está vendendo tudo a todo instante. Temos o Big Data, ou seja, a inteligência das máquinas que analisa nosso padrão de consumo na Internet. Se você, inocentemente clica em um anúncio de sapato, a foto deste sapato aparecerá nas suas redes sociais, sites de busca, e-mail, ou mesmo no seu celular”, completa.

Além de sermos uma sociedade de consumo, segundo o coach, o problema vai muito mais a fundo “Como se não bastasse, existe em nosso cérebro, um neurotransmissor chamado dopamina - responsável pela sensação de prazer. Este neurotransmissor também é liberado quando vamos às compras. A dopamina funciona como uma droga, seu efeito causa prazer, mas passa cada vez mais rápido, e então, precisamos de mais. É como se estivéssemos aumentando a dose da droga, pois a mesma está perdendo seu efeito”, diz Robson.

Ainda de acordo com o profissional, o medo, ansiedade, depressão e angústia, são alguns sentimentos comuns na sociedade atual. Estes sentimentos precisam ser combatidos para que nossa vida não fique preto e branca “Quando preenchemos nossas vidas com amigos, esportes, encontros sociais, a tornamos colorida. Bem ou mal, as compras também entram aqui para ajudar a colorir nossas vidas”, conta o coach. Se vivemos o consumismo; se a tecnologia nos ajuda a consumir mais e mais; se sentimentos ruins existem e precisamos espanta-los; se existe um neurotransmissor que gera prazer ao comprar, fica muito fácil entender porque consumimos.

A primeira etapa para o tratamento da ‘Oneomania’ é a tomada de consciência. É reconhecer a existência do problema e, claro, se não conseguir resolver, buscar ajuda profissional. Além de profissionais especializados, que podem auxiliar no processo de cura, existem sites de apoio como, por exemplo, ‘Devedores Anônimos’, que prestam um excelente serviço à sociedade”, aconselha o especialista.
Fonte: Administradores

5 PRÁTICAS ABUSIVAS NA RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

Saiba quais são os direitos do consumidor endividado e confira alguns abusos que você não deve aceitar na hora de renegociar uma dívida
Imagem internet
Com a instabilidade econômica, aumento da inflação e do desemprego, ficou difícil para muitos consumidores darem conta de quitar suas dívidas. Às vezes, não sabem nem por onde começar.

O primeiro passo importante é conhecer bem a dívida. Ler o contrato e descobrir todos os detalhes que a compõem, incluindo juros, total aprazo e o que você já pagou. Uma opção é usar a Calculadora do Cidadão do Banco Central para simular financiamentos com prestações fixas e a correção de valores. A calculadora está disponível aqui.

Se o credor dificultar o acesso à informação, procure um serviço de reclamação do órgão regulador da área: o Banco Central, no caso dos bancos, e a Anatel, no caso de empresas de telefonia, por exemplo. O consumidor tem direito de saber todos os detalhes das suas dívidas.

De acordo com a Serasa Experian, é preciso tomar alguns cuidados no momento de renegociar as dívidas, para não piorar ainda mais a situação. Confira 5 práticas abusivas, que você não deve aceitar.

1. Exigir a compra de um seguro para obter ou renegociar um crédito ou o limite do cheque especial. Essa prática é chamada de venda casada e é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor.

2. Débito em conta corrente de valor que ultrapasse 30% do seu rendimento mensal ou, no caso do empréstimo consignado, 35%. Há uma série de ações judiciais favoráveis a consumidores que tiveram retenção de salário depositado em conta superior a esses percentuais. Se você ganha R$ 1.000,00 líquidos, o valor total do débito não pode ultrapassar R$ 300,00 ou R$ 350,00 no consignado.

3. Pressão para a renegociação imediata da dívida, por telefone, sem que seja feita a análise prévia de sua capacidade de pagamento. “Não há segurança na negociação pelo telefone e, depois, fica mais difícil renegociar. Não aceite em hipótese alguma que isso seja feito pelo telefone”, alerta a dra. Vera Lúcia Remedi, advogada especializada em direito do consumidor.

4. Oferta de linhas de crédito mesmo quando você está endividado. Muitas vezes, o consumidor já está comprometido com uma instituição financeira e ela continua oferecendo crédito, provocando um agravamento da situação. Portanto, se o que você ganha não comporta mais uma parcela, não se deixe levar.

5. Falta de vontade ou displicência na hora informar o custo do produto financeiro que você está adquirindo. Não se conforme em saber o valor da parcela. Faça questão de perguntar qual é a taxa de juros e o valor total que irá pagar. É importante que você conheça o valor total da dívida para se organizar.
Por: Mariane Rocigno
Fonte: Consumidor Moderno

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Você é educado financeiramente?

Apenas 35% dos brasileiros têm educação financeira, de acordo com pesquisa da Standard & Poor’s
Responda rápido: qual o custo efetivo total do financiamento do seu carro? E da sua casa? A maioria das pessoas não sabem ou pensam que sabem responder a estas perguntas. Preocupamo-nos apenas com o tamanho da parcela mensal e nos esquecemos do quanto estamos pagando de juros ao adquirir aquele determinado bem, tão sonhado. Isso acontece porque está no nosso instinto sermos hedonistas e imediatistas, e, infelizmente, não contamos com um acompanhamento acadêmico formatado para atenuar a ansiedade e ajudar-nos a tomarmos a melhor decisão na hora de gastar o dinheiro.

Na escola aprendemos sobre anatomia humana, preservativos e DSTs, mas não obtemos instrução alguma de como investir, guardar dinheiro ou usar com sabedoria o cartão de crédito. Costumamos replicar os hábitos financeiros dos nossos pais e pedir conselhos a amigos sobre aplicações, que quase sempre estão fazendo péssimas escolhas financeiras, e qual o resultado desse processo? Inflação, economia fraca e famílias endividadas. Para ilustrar o problema, uma pesquisa da Fecomercio-SP constatou que, para uma dívida total de R$ 800 bilhões dos brasileiros em 2015, os juros bateram R$320 bilhões, o equivalente a 40%.

Portanto, não nos surpreende o resultado de uma outra pesquisa, esta da Standard & Poor’s, que apurou que 65% dos Brasileiros não são educados financeiramente. A pesquisa envolveu mais de 150.000 pessoas adultas em cerca de 40 países, entrevistados ao longo de 2014, na qual foram testados seus conhecimentos em quatro básicos conceitos financeiros: capacidade de perceber e usar números, capitalização de juros, inflação e diversificação do risco.

Os entrevistados foram convidados a responder 5 perguntas simples sobre finanças:
  • Suponha que você tenha algum dinheiro. É mais seguro colocar seu dinheiro em um negócio ou investimento, ou colocar seu dinheiro em vários negócios ou investimentos diferentes? Resposta correta: vários negócios ou investimentos diferentes;
  • Suponha que ao longo dos próximos 10 anos os preços das coisas que você compra habitualmente dobrem. Se o seu rendimento também dobrar, você será capaz de comprar menos do que você pode comprar hoje, o mesmo que você pode comprar hoje, ou mais do que você pode comprar hoje? Resposta correta: o mesmo que você pode comprar hoje;
  • Suponha que você precisa tomar emprestado R$100,00. Qual é o montante mais baixo para pagar: R$ 105,00 ou R$ 100,00 mais 3%? Resposta correta: R$ 100,00 mais 3%;
  • Suponha que você vai colocar dinheiro no banco para dois anos e o banco concorda em adicionar 15% ao ano para a sua conta. O banco adicionará mais dinheiro para a sua conta no segundo ano em relação ao montante que adicionou no primeiro ano? Ou vai adicionar a mesma quantidade de dinheiro em ambos os anos? Resposta correta: O banco adicionará mais dinheiro para a sua conta no segundo ano em relação ao montante que adicionou no primeiro ano;
  • Suponha que você tinha R$100,00 em uma conta poupança e o banco acrescenta 10% ao ano para a conta. Quanto dinheiro você tem na conta depois de cinco anos, se você não removeu qualquer dinheiro da conta? Mais que R$ 150,00; exatamente R$ 150,00; menos que R$ 150? Resposta correta: Mais que R$150,00.
Foram considerados financeiramente educadas aquelas pessoas que conseguiram responder corretamente 3 das 5 perguntas acima. No Brasil, o índice alcançado foi de 35% dos entrevistados, abaixo da média mundial de 36%, amargando o 67º lugar no Ranking, abaixo de países como Tanzânia, Azerbaijão, Camarões e Senegal. O resultado da pesquisa aponta que temos uma boa parcela de culpa na crise pela qual estamos atravessando.

Você faz pesquisa de preço quando tem interesse em adquirir algum bem? Sabe o conceito de juros compostos? Faz algum controle de gasto familiar? Compra coisas que realmente precisa, ou consome por impulso? Quanto você poupa da sua remuneração mensal? Conhece outros tipos de investimentos senão poupança?

Aliás, poupar num cenário de crise é ainda mais importante, não só o ajudará a superar imprevistos, como também lhe permitirá aproveitar oportunidades. Não se deixe levar por pessoas que desvirtuam o conceito de poupança e economia. Certamente você já ouviu alguém dizer: por que vou poupar se posso morrer amanhã mesmo? Ora, tudo na vida tem um fim. Se pensarmos dessa forma não faremos absolutamente nada. Poupança não implica privação, sacrifício, vida simplória ou miséria. É abdicar de satisfações imediatas e efêmeras em prol de conquistas maiores, mais edificantes e duradouras num determinado prazo.

Educação financeira sozinha não vai resolver todos os problemas que os brasileiros enfrentam. Mas considerar que desde que as escolas investiram em educação sexual, dentre 1980 e 1990, o índice de gravidez entre adolescentes caiu consideravelmente, imagine o que poderia acontecer se as pessoas aprendessem o básico sobre dinheiro.
Por Matheus Campos de Matos
Fonte: administradores.com

Como evitar o superendividamento e organizar as contas

Imagem internet
Sem planejamento, condições facilitadas de crédito podem ser a porta para a inadimplência. Entenda como sair do vermelho


Manter as contas no azul é um desafio se o consumidor não fizer um planejamento financeiro adequado. Em alguns casos, condições favoráveis de crédito podem se tornar uma armadilha se não houver cuidado.

Para ajudar o consumidor a entender o que leva ao superendividamento e como tomar a melhor decisão na hora das compras, o Portal Brasil buscou informações com educadores financeiros e professores.

Newton Marques, professor da Universidade de Brasília (UnB), explica que é comum o momento das compras se tornar uma válvula de escape para estresse e problemas cotidianos.

Isso, somado a facilidades de acesso a crédito, acaba levando o consumidor a acumular parcelas além do que o seu orçamento suporta.

Como comprar de maneira consciente

Marques recomenda que, antes de concretizar qualquer compra, responda-se a três perguntas:

1) tem necessidade?

2) tenho dinheiro? 

3) tem de ser agora?

Se a resposta para essas três perguntas for sim, então o consumidor está capacitado para consumir. Se a resposta for não para qualquer uma delas, não compre”, explicou.

Ao planejar seus gastos, especialistas orientam que o consumidor tenha em mãos quais foram seus gastos e seu orçamento nos últimos 12 meses e qual são expectativa de renda para os próximos 12 meses.

Com base nesses dados, é possível saber, a cada mês, se aquela prestação a mais cabe no orçamento e até quanto ela irá comprometer sua renda.

Como renegociar uma dívida

Para quem já está superendividado, uma opção é renegociar a dívida junto ao banco. “Com essa expectativa de receita e despesa para os próximos 12 meses, o consumidor deve procurar o banco e propor um parcelamento que permita sair daquela dívida”, sugeriu Marques.

Segundo o economista, é preciso tentar chegar a um acordo no qual seja possível pagar a dívida e ainda sobrar dinheiro suficiente, em cada mês, para que todas as despesas essenciais sejam pagas.
Fonte: Portal Brasil