sexta-feira, 29 de abril de 2016

Não conseguiu pagar o cartão de crédito? Veja 8 dicas para renegociar a dívida

Com juros de quase 440% a.a, o ideal é fugir da dívida do cartão. Mas, se não deu para pagar, prepare-se para negociar
Imagem: internet
É raro encontrar uma pessoa que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, pois ele torna o pagamento mais fácil, seguro e cômodo. Uma pesquisa divulgada pela PwC no início de março deste ano mostrou que 78,5% dos brasileiros afirmaram que o cartão de crédito é a opção de pagamento mais usada, ficando à frente do dinheiro e do cartão de débito. Mas o cuidado com o pagamento das faturas deve ser redobrado, uma vez que os juros podem chegar a 439,5% % ao ano. Porém, se houve algum imprevisto e você não tenha conseguido pagar uma fatura, pode surgir a dúvida de como resolver o problema. 

Para isso, reunimos dicas importantes para a renegociação da dívida. A primeira? Não tenha vergonha ou medo de procurar seu credor: ele tem tanto interesse no pagamento tanto quanto você.

“O diálogo é a base de todo o tipo de relacionamento, seja ele pessoal, profissional ou comercial. As administradoras não têm interesse em perder o cliente, assim como ele também não tem interesse em ficar sem um serviço que pode auxiliá-lo quando precisar. Portanto, para que a dívida não vire uma bola de neve, e o consumidor continue tendo dor de cabeça, o mais indicado é procurar a administradora do cartão para renegociá-la”, aconselha o diretor de Marketing e Relacionamento da Sorocred, Wilson Justo.

1. Coloque as contas no papel

Nesse momento, é muito importante que você tenha certeza de todo o dinheiro que dispõe: quanto ganha com descontos, quanto somam outras contas e, por fim, quanto tem disponível para o pagamento desta dívida. Afinal, para começar uma negociação, é necessário saber qual sua base e seu teto.

2. Busque renegociar pessoalmente

Se possível, fuja do telefone e busque renegociar a dívida pessoalmente. “Se você só ligar, provavelmente encontrará um atendente que insistirá no pagamento do valor mínimo da fatura, o que é um suicídio financeiro, porque, dessa forma, estará alimentando um monstro que não tem como parar. O ideal é procurar a administradora do cartão ou falar com um gerente de pessoa física do seu banco”, diz Dori Boucault, consultor financeiro especialista em direitos do consumidor.

De acordo com o consultor, atendentes telefônicos são menos flexíveis para a renegociação, insistindo em valores “astronômicos”.

3. Exija o Custo Efetivo Total (CET) da dívida do cartão

É seu direito pedir o chamado Custo Efetivo Total da dívida, que te deixará ciente do valor que realmente será cobrado: o total com juros, encargos, taxas e impostos. Dessa maneira, você não corre o risco de se iludir e aceitar uma oferta que não conseguirá pagar (que parecerá menor do que é). 

4. Só aceite uma proposta que seja viável

Caso contrário, mesmo que você consiga pagar uma ou duas parcelas, pode encontrar dificuldade mãos a frente e cair em outra dívida, que será ainda pior.

5. Não está satisfeito com a negociação? Continue-a

Lembre-se que ambas as partes – você e a administradora – têm interesse em resolver o impasse da dívida. Assim, vale a pena investir no diálogo e continuar a negociação até que ela seja interessante a você.

6. Chegou a um acordo? Exija parcelas fixas

Se você chegou num ponto de entendimento com a administradora, feche o acordo com um documento em que conste, de maneira muito clara, que o pagamento será feito com parcelas fixas – o que te garante a fugir de parcelas que aumentem ao longo do tempo.

“Isso é muito importante. A pessoa só deve assinar um documento com esta condição. Ela deve fugir de pagar no rotativo”, afirma Dori.

7. Busque formas mais baratas de pagamento

É claro que o ideal é que você consiga pagar a dívida com seu dinheiro depois de fazer uma boa negociação. No entanto, a escolha por um empréstimo com juros menores do que o cartão de crédito, como crédito consignado, por exemplo, pode ser aconselhável. Há administradoras de cartões que também oferecem este serviço e é uma decisão a ser pesquisada e considerada.

8. Busque a Justiça

Se nada der certo e a negociação não chegar a um acordo interessante, uma saída é buscar a Justiça: quem sabe, por meio do poder judiciário, você não consiga atingir um valor possível de ser pago?

Por fim, se você está na situação de credor, mas ainda se sente inseguro para começar uma negociação da dívida, os especialistas consultados pelo iG aconselham a busca da ajuda de profissionais tais como advogados e contadores que possam te orientar da melhor forma possível. “O importante é resolver a questão, fugir de ser reincidente e inadimplente”, finaliza Dori.
por Ana Lis Soares
Fonte: IG Notícias - 18/04/2016

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Disciplina é chave para evitar o superendividamento

Procon Assembleia apresenta dicas para controlar o orçamento pessoal e doméstico

Uma pesquisa realizada em abril/16 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 44,3% dos brasileiros estão com as finanças descontroladas. O superendividamento é um problema que se torna ainda mais grave em períodos de crise econômica, quando a perda do emprego é uma realidade em muitas famílias. O Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) elaborou algumas dicas para ajudar no controle dos gastos e evitar que o consumidor entre no redemoinho do endividamento.

Imagem: internet
Na pesquisa do SPC Brasil/CNDL, outros dados chamam atenção: cerca de 48% dos entrevistados têm medo de não conseguir pagar suas contas; 35% não sabem se vão conseguir honrar o pagamento de dívidas já contraídas; e 32% temem ficar desempregados. Um levantamento recente do Procon Assembleia mostra que 53% dos consumidores de Belo Horizonte estão inadimplentes, isto é, em atraso com seus compromissos financeiros, sendo a maior parte relacionada ao uso excessivo do cartão de crédito ou de loja.

Diante da situação de incerteza econômica atual, a melhor coisa a fazer é economizar nas compras, e a pior é recorrer a empréstimos, afirma o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa. Em suas palestras sobre Planejamento do Orçamento Familiar, Barbosa ensina que a organização da vida financeira é essencial para evitar o superendividamento. Para isso, é necessário definir as necessidades da família e planejar os gastos, considerando sempre a renda disponível.

Infelizmente, muitos consumidores não fazem isso e acabam optando pelo caminho do empréstimo, por considerarem equivocadamente que é o mais fácil, além do uso excessivo do cartão de crédito e do cheque especial. No entanto, essa é a maneira de o problema aumentar ainda mais por causa dos altos juros cobrados pelos bancos e outras instituições de crédito.

Controle – Conhecer a situação financeira da família significa saber com a máxima precisão possível quanto se ganha e quanto se gasta por mês, além de perceber pra onde vai o dinheiro. Nesse sentido, explica Marcelo Barbosa, é muito útil elaborar uma planilha simples, onde o consumidor anota numa coluna todos os gastos do mês, desde o cafezinho na padaria da esquina até a compra de supermercado.

A regra básica é não gastar mais do que ganha, afirma o coordenador. Assim, quando a situação financeira está apertada, é necessário dizer “não” a alguns pedidos dos filhos, evitar compras por impulso e trocar marcas mais caras por outras mais baratas, por exemplo. É importante reunir a família e deixá-la consciente sobre a realidade do orçamento, alerta Barbosa. Assim é possível que surjam ideias para reequilibrar as contas da casa.

Poupança – Guardar dinheiro para emergências também é uma medida inteligente. A vida de vez em quando nos traz surpresas desagradáveis, como uma doença na família, um acidente de carro e outras situações, e é sempre bom estar precavido. Assim esse dinheiro pode ser usado em caso de necessidade. É fundamental evitar cair na tentação de gastá-lo com outras coisas. Na atividade financeira, disciplina é tudo.

Outra boa dica para evitar o superendividamento é comprar somente à vista. Quem assume prestações “a perder de vista” tende a perder também o controle sobre seu orçamento. Isso sem contar os altos juros embutidos nas parcelas. “O consumidor tem que ter clareza de que aquele valor da prestação significa na prática o comprometimento de parte de seu salário”, diz Marcelo Barbosa. Por isso, é muito mais inteligente juntar o dinheiro na medida do possível e pagar à vista.

Caso já esteja endividado, o consumidor não deve perder a calma. Algumas medidas podem ajudá-lo a “sair do buraco”. Se o débito é com o cartão de crédito, por exemplo, vale a pena pegar um empréstimo bancário com juros mais baixos e quitar a dívida com a operadora do cartão. Negociar com a empresa credora também é uma boa iniciativa, além de, obviamente, mudar hábitos de consumo. Vários clientes têm procurado ajuda do Procon Assembleia para renegociar a dívida, conseguindo resultados satisfatórios em muitos casos.

Atenção redobrada também aos lançamentos presentes nas contas de água, luz, telefone, cartões e outros boletos bancários. Um péssimo hábito do consumidor brasileiro é verificar somente o valor e a data de vencimento. Marcelo Barbosa insiste sempre na necessidade de conferir o detalhamento das faturas. “As pessoas devem observar se há cobranças que elas não reconheçam, evitando assim pagar pelo que não devem”, conclui.

Fonte: Procon Assembleia – Assessoria de Imprensa

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Sucesso nas Finanças: Medida fundamental em tempos de crise

O consumidor deve analisar em seu orçamento doméstico se há itens supérfluos e que podem ser cortados

dinheirama
Rio - Em momentos de crise, fazer um planejamento financeiro é fundamental para tomar decisões antes de sair cortando gastos dentro de casa aleatoriamente. Adotar um plano com base no orçamento familiar consiste em definir quais são os principais objetivos para que se possa alcançar resultados esperados. Antes de tudo, o consumidor deve analisar em seu orçamento doméstico se há itens supérfluos e que podem ser cortados.

Um pacote de internet ou de telefone celular, por exemplo, pode ser alterado para um mais simples e barato. O cliente também tem a opção de trocar de operadora do serviço, com a prerrogativa da portabilidade. Mas não basta apenas executar o planejamento feito para garantir a eficiência das metas e resultados esperados.

É necessário também ter o controle das ações adotadas para que as contas não saiam dos eixos. Uma boa dica para o consumidor, é listar sempre o que foi gasto e acompanhar o planejamento e orçamento financeiro. Alguns produtos que você compra também podem ser substituídos por outras marcas com preços mais acessíveis.

Para quem pretende economizar cortando gastos, monitorar as despesas domésticas é indispensável para alcançar os objetivos. Se o planejamento orçamentário é a bússola, o controle será o leme que determina a direção para se chegar ao destino pretendido.

PERGUNTA E RESPOSTA

“Desde que a crise financeira ficou mais evidente, tenho tentado controlar melhor meus gastos. Deixei de comer com frequência em restaurantes e cortei completamente o uso de táxi. No entanto, não estou conseguindo economizar o necessário com essas pequenas iniciativas. Quais outras medidas que posso adotar sem que eu tenha que cortar celular, TV a cabo e internet?”, Lucia Miranda, Del Castilho

Devemos ter bem definidos nossos objetivos financeiros e focar em nossas metas, traçando um caminho para alcançá-los. A ferramenta que vai te ajudar a conquistar seus resultados de forma positiva é fazer um planejamento financeiro. 

Antes de tomar qualquer decisão, você deve sentar e fazer seu dever de casa: organizar o orçamento doméstico, indicar tudo que você recebe e todas as suas despesas. Isso dará uma visão macro de sua saúde financeira. Quando finalizar, veja o que pode ser eliminado e o que deve ser substituído. Elabore um plano para os itens que serão substituídos, que devem conter uma apurada pesquisa de preços e negociações com seus fornecedores de serviços.

Alguns produtos você pode substituir as suas marcas por outras com preços mais acessíveis. Aproveite também as promoções nos mercados. Em relação à internet, TV a cabo e celular, você pode negociar seu plano atual com às operadoras por uma opção mais acessíveis e mais em conta à sua realidade financeira. 

Você também deve considerar a possibilidade de mudar de operadora — com portabilidade do número do seu celular, por exemplo — e vai se surpreender com os descontos que pode receber.Em períodos de crise financeira, a incerteza dos preços é uma realidade cruel, devido aos indicadores inflacionários. Entre as medidas necessárias estão conhecer melhor o mercado financeiro e buscar produtos que sejam substitutos.

Planejar e controlar as contas são medidas importantes ,com objetivos bem definidos. Um orçamento realinhado fará você ter sucesso. Boa Sorte.
Marta Chaves é gestora nacional do curso de Ciências Contábeis da Estácio.
Fonte: O Dia Online

sábado, 23 de abril de 2016

Dívida cobrada após morte não pode ser transferida a herdeiros

amo direito
O Município de Santana de Livramento não obteve direito a recuperar valor relativo a débito de cinco anos, entre 2010 e 2014, do IPTU de um imóvel. O motivo é insuperável: o cidadão cobrado está morto.

Razão suficiente para que a 2ª Câmara Cível do TJRS mantivesse decisão que reconheceu a inexigibilidade de Certidão de Dívida Ativa (CDA), proposta depois do falecimento do executado, ocorrido em 2008.

No recurso, a municipalidade propunha que a execução fiscal fosse transferida para os sucessores ou espólio, com base no Código Tributário Nacional (CTN). Ao negar provimento ao apelo, o Desembargador Ricardo Torres Hermann observou que o redirecionamento seria possível, desde que a morte ocorresse no curso da demanda.

"Contudo, a hipótese dos autos é diversa", alertou o magistrado, explicando que "somente mediante lavratura de nova CDA e ajuizamento de nova execução pode o credor, em tese, tentar cobra o crédito alegado".

O Desembargador Hermann confirmou também que não se trata de caso da aplicação da Lei de Execuções Fiscais (art. 2º, parágrafo 8°), que prevê a possibilidade de emenda ou substituição da CDA.

Por fim, disse que a municipalidade não pode alegar surpresa com a decisão desfavorável: "Isso porque o óbito ocorreu em 2008, ao passo que, seis anos após teve por bem aforar demanda em face de pessoa já há muito extinta, o que poderia ser evitado pela adoção de conduta diligente".

Como a sentença de 1º Grau tem respaldo em súmula do Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do recurso foi monocrático, conforme previsão do novo CPC. A decisão é do dia 11/4. Processo: 70068973593

Fonte: TJRS - Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - 14/04/2016

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Dez dicas sobre cartão de crédito

Para ajudar os consumidores com dificuldade em lidar com a situação, confira abaixo dez dicas para usar o cartão de crédito.

1. Cartão de crédito não é sinal de “status financeiro”. Tem gente que se orgulha de ter o limite do cartão de crédito alto. Fique atento, pois se a financeira te dá o limite alto é porque ela busca uma operação segura e lucrativa. O bom “status” é não ter dívidas e uma reserva financeira. Fuja de ostentação, planeje suas compras e fique atento com seu equilíbrio financeiro.

2. Tenha um ou dois cartões no máximo. Quanto mais cartões, maiores as chances de você descontrolar e entrar numa situação de superendividamento. Dois cartões, de bandeiras diferentes, já estão ótimos.

3. Saiba dizer NÃO. Nunca aceite cartões oferecidos, mesmo que possuam anuidade grátis. Tenha uma regra rígida sobre isso.

4. Anuidade grátis. No mercado financeiro existe um ditado que “não existe almoço grátis”. Então fique esperto, pois, no geral, a primeira anuidade é grátis, mas as posteriores não o são. Valores como R$ 300,00 são cobrados sem nenhuma dificuldade após o período da “anuidade grátis” e já se previna dessas estratégias que sempre prejudicam o consumidor.

5. Priorize pagar sempre à vista ou no cartão de débito. Corte o mal pela raiz. É duro, dói, é complicado, mas funciona. Use sempre as alternativas para pagamento imediato e se proteja do efeito “bola de neve” das dívidas.

6. A regra de ouro: fuja do pagamento mínimo. Os juros do crédito rotativo podem chegar a impensáveis 16% ao mês, em alguns casos. Se a fatura chegar e você não tiver como fazer o pagamento integral, busque uma linha de crédito mais barata, como o crédito consignado, CDC, etc. Pague o mais rápido que puder e repense seus hábitos de consumo.

7. Não divida nada. Ataque mais uma vez a origem do problema. Tente desconto para pagamento à vista, caso a loja não concorde e você quiser fazer a compra, pague imediatamente. Não divida nada em quatro, cinco ou dez vezes. Com o tempo, você pode se descontrolar com várias parcelas de fornecedores diferentes e o valor de sua fatura irá aumentar excessivamente.

8. Não passe o número do cartão para empresa nenhuma. Algumas grandes empresas como editoras gostam de dar opções para o consumidor pagar assinaturas de revistas com o cartão de crédito. Elas quase não dão desconto no valor à vista e isso leva a crer que pagar com o cartão parcelado em muitas vezes é muito melhor. Na verdade, elas querem mesmo é o número do seu cartão e poderão lançar a renovação do mesmo, apenas te avisando, quando o certo seria pedir sua autorização primeiro. Depois que lançam a renovação, para você cancelar sempre dá muito trabalho e é muito complicado. Priorize pagar via boleto ou depósito em conta corrente.

9. Cuidado com o limite global do cartão. Um dos perigos de se pagar tudo parcelado é que, eventualmente, você pode chegar ao limite global do cartão, mesmo sem ter atingido o limite da fatura mensal. Nessa situação seu cartão será bloqueado e você pode ficar em situações onde não está com dinheiro vivo ou não tem como usar cartão de débito. Todo mundo tem o limite mensal que pode ser usado e um limite global que não pode ser ultrapassado. Bateu em algum dos dois, o cartão de crédito já não funciona.

10. Destrua o cartão de crédito se você não consegue lidar com ele. Controle-se e se pergunte muitas vezes se aquela compra é boa para você ou não. Não compre nada por impulso, pois isso é o caminho da morte financeira. Se, após tentar se controlar você viu que não possui força para se sustentar perante o impulso de gastar, destrua o cartão de crédito e passe a usar apenas a modalidade débito.

Fonte: Procon SP - 14/04/2016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Brasileiros selecionam gastos para reduzir despesas, diz pesquisa

60% das famílias estão mudando os hábitos de consumo

Imagem: internet
Rio - Em época de crise, as famílias brasileiras estão selecionando os gastos para reduzir despesas. De acordo com pesquisa da empresa Nox4Think, encomendada pelo programa de benefício Dotz, 93% da população priorizam gastos com alimentação e medicamentos e 60% estão mudando os hábitos de consumo. O levantamento ouviu 915 pessoas de 8 a 17 de janeiro em sete estados do país.

Um caminho encontrado por 26% da população foi concentrar as compras em locais onde há possibilidade de acumular pontos e trocar por descontos ou produtos. Outra tática que vem sendo adotada para fazer o dinheiro render mais é usar as pontuações para pagar contas. Desde 2012, mais de R$14 milhões em despesas foram pagas com pontos, como mostra o levantamento. O salto de 2014 para 2015 foi de 33%. 

Outros R$ 30 milhões em pontos foram usados na troca por vale-compras em supermercados. O aumento de 2014 para 2015, neste caso, foi de 94%. O engenheiro João Carlos Simões é um exemplo. “Economizei R$560 em compras, pagando com Dotz no supermercado Prezunic”, afirmou.

“O hábito de consumo também tem mudado no perfil da troca de pontos por produtos. Hoje, o vale-compras no supermercado, postos de combustível e a farmácia estão entre os segmentos mais trocados. Assim como tem aumentado o número de consumidores que usam esses créditos da fidelização para pagar contas como luz e telefone”, afirma Roberto Chade, presidente da Dotz, que no Brasil já conta com 18 milhões de usuários e está presente em 690 cidades.

Fonte: O Dia Online

terça-feira, 19 de abril de 2016

9 ações para começar a economizar

Juntar dinheiro e viver de bem com as finanças é uma questão de hábito e conhecimento. Nesse momento, a educação financeira e economia doméstica podem ajudar qualquer família a desenvolver consciência na hora de consumir e, consequentemente, começar poupar.

istock/MarianVejcik 
O educador financeiro Reinaldo Domingos dá algumas dicas que vão te ajudar a economizar:

1.) Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos; basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou a geladeira aberta. Por isso, vale a pena agir com mais cautela, pois reduzir essa despesa representará uma economia substancial no final do mês;

2.) O uso de telefone também deve ser repensado, fazendo uma análise entre os valores do fixo e do celular. É preciso comparar o valor das tarifas sempre que possível. A opção deve ser pela menos custosa e não pela mais prática;

3.) A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. O desperdício é recorrente, portanto, é possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;

4.) Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras. Tenha também cuidado com as “promoções”. Quantas vezes compramos o famoso “pague dois e leve três” e acabamos perdendo produto por causa de validade e, consequentemente, perdendo dinheiro;

5.) Compare os preços quando for às compras. Seja em lojas, supermercados ou até restaurantes; é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são, muitas vezes, consideráveis. Evite produtos de “grife”, uma vez que nem sempre representam um produto de qualidade superior, mas apenas status;

6.) Busque opções de lazer mais econômicas, é possível se divertir sem gastar muito. Reserve para ir em locais mais caros em ocasiões especiais;

7.) Economize ao utilizar o veículo. Não é necessário fazer tudo de carro; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças;

8.) Valorize o que possui, se preocupe com a organização e cuidado com os bens materiais, muitos gastos extras são ocasionados por descuido ou desleixo, que ocasionam quebras e perdas, criando necessidade de reposição;

9.) Na utilização de gás e água, também é possível economizar. Evite deixar o fogo, o chuveiro e as torneiras ligadas sem necessidade e busque reutilizar a água sempre que possível.

Por Reinaldo Domingos
Fonte: Programa Consumo Social

domingo, 17 de abril de 2016

Quebrando o tabu: a importância de falar de dinheiro

A crise tem nos feito (re)pensar nossa relação com o dinheiro. Conversamos mais sobre isso com amigos, vizinhos e parentes e trocamos experiências (positivas e negativas). Conversar sobre dinheiro ainda é um tabu. Na frente de crianças, alguns até perdem o fôlego para tratar desse assunto. Pode não ser fácil, mas esse tema deve ser abordado dentro das famílias desde cedo. Afinal o dinheiro e suas limitações devem ser compreendidos desde cedo pelas crianças. Não adianta fantasiar que se pode ter tudo, pois, na realidade, não se pode.

Entender essa complexidade é bom para o futuro das crianças e evita o surgimento de uma legião de adultos endividados pelos mais variados motivos. Dentre eles, chamo a atenção para os esbanjadores, perdulários ou pródigos. São pessoas que parecem que vivem numa realidade distante. A coisa está apertada para todos e eles continuam num padrão de consumo além das possibilidades e sem condição nenhuma de ser sustentado no futuro. São pessoas que não se preocupam com o dinheiro e com o futuro em nenhuma intensidade. Deixam isso para outras pessoas ou para “depois”. Isso acaba sendo desastroso.

Nos casos mais graves, os pródigos estão sujeitos até a interdição. Isso ocorre, pois podem acabar com o patrimônio todo de uma vida num ato só. Não pensam nas consequências e acabam tendo que ser interditados, sob pena de se dizimarem financeiramente de uma hora para a outra. Essas pessoas caminham, de uma forma derradeira, para o precipício financeiro. Cedo ou tarde a realidade de que o dinheiro não aceita desaforo vai surgir e cobrar um preço muito caro de quem tenta desafiá-lo.

A experiência tem demonstrado que o respeito ao dinheiro, gostando ou não dele, é uma necessidade de sobrevivência de todas as pessoas. Por mais que seja interessante se apropriar do cheque especial e do cartão de crédito como um "aumento de renda", isto é equivocado e trata-se de uma prática comum que pode levar você a um futuro desse sofrimento. Com o passar dos anos, aumentam sensivelmente, por exemplo, as despesas com saúde de forma quase astronômica e quem não se preparou lá atrás pode passar por momentos de sufoco, tendo que depender de familiares ou terceiros para suas necessidades mais imediatas. Recentemente uma matéria num jornal de ampla circulação no Brasil que os custos dos planos de saúde triplicarão nos próximos quinze anos.

As pessoas que gastam mais do que ganham acabam entrando numa espiral muito negativa para o futuro. Ao invés, de investirem, elas passam a ser reféns de cartão de crédito e cheque especial. Isso, talvez, não cause muito prejuízo no curto prazo, mas para os que fazem isso de uma forma contínua, o tempo chega e cobra um preço incrivelmente alto pelo mau uso do dinheiro. É muito comum caso de pessoas que tinha muito dinheiro há 20, 30 anos e hoje estão na rua da amargura por falta de educação financeira.

Não caia nessa armadilha também. Fique atento e proteja o seu dinheiro hoje e também o seu futuro financeiro de médio e longo prazo. O dinheiro não aceita desaforo. Não duvide disso.

Lélio Braga Calhau é Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ, palestrante e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos"
Fonte: Administradores

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Incrível "Método dos Potes" para organização financeira

Conheça o simples “Método dos Potes” e saia da bagunça financeira

A incrível teoria que organizará sua vida financeira de uma vez por todas.

As vezes é complicado manter as finanças em dia, ainda mais quando a organização não é seu ponto forte. Felizmente existem algumas maneiras de organizar suas contas, sem precisar economizar no dinheiro do pão. 

incrível.club
O site russo AdMe publicou uma ótima fórmula que mostra como você pode guardar seu “dindin”, só não divulgaram o especialista que criou essa técnica. 

O Método dos Potes nada mais é que uma bela referência para aquele antigo hábito de guardar o dinheiro em pequenos potinhos, talvez na época que só os muito ricos possuíam contas em bancos, mas o diferencial é que ele vai te mostrar a quantidade certa e para qual objetivo será a economia. 

Claro que você não vai precisar realmente dos potes para organizar sua graninha, tudo é uma grande analogia. Foque nas porcentagens e nos gastos que são realmente importante para você, ok? Se liga! 

Primeiro pote 
No primeiro potinho será reservado 55% do seu orçamento, com ele você poderá gastar suas despesas diárias e pagamentos de contas mensais fixas, como quitar dívidas, pagar internet, luz, água, aluguel, e etc. 

euadministrador
Segundo Pote 
Aqui estará reservado 10% do seu dinheiro, que poderá ser gasto para seu lazer. Ou seja, para o cineminha, cerveja importada, restaurante, entre outros prazeres da vida. 

elefanteverde
Terceiro Pote 
O terceiro pote também conta com 10% da sua renda, só que esse dinheiro deve ser utilizado para seu futuro. Você deve guardar essa porcentagem na poupança, ou fazer algum investimento confiável, e só tirar quando estiver independente financeiramente. 

investimentosfinanceiros
Quarto Pote 
Outra reserva de 10%, só que dessa vez o importante é sua educação. Esse dinheiro deve ser gasto para seu crescimento profissional e pessoal, com ele você pode fazer cursos, palestras, comprar livros… Enfim, é um gasto para expandir sua mente. 

hypescience
Quinto Pote
Essa reserva de 10% deve ser realizada para comprar coisas que melhorem sua vida pessoal, como um carro, uma TV, a mensalidade da cademia, e etc. O puro creme do consumo. 

bloomberg
Sexto Pote 
Os últimos 5% que sobraram devem ser guardados para presentes e caridade. Sempre que estiver chegando a data de alguma comemoração, você pode tirar esse dinheiro para presentear o sortudo. Caso deseje ajudar alguma organização, esse também é o pote certo. 

homensdeterno

Tradução e Adaptação: Incrível.club
Fonte(s): Adme e sossolteiros

quarta-feira, 13 de abril de 2016

6 coisas que você deve fazer antes de pegar um empréstimo

Para muita gente, numa crise econômica, a solução é tomar um empréstimo. Mas, antes de correr para o banco ou financiadora mais próxima, veja alguns cuidados que você precisa ter para não entrar numa fria:

1. Analise a atual situação financeira. "Ninguém deve pegar crédito antes de entender como chegou a essa situação de endividamento e de que forma pode resolvê-la", diz o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos.

Saiba quanto você gasta por mês e para onde vai o seu dinheiro.

2. Reduza os gastos. Reúna a família e analise as despesas para equilibrar entrada e saída de dinheiro.

"Se o indivíduo gasta mais do que ganha, pegar um empréstimo só vai piorar. Ele vai combater o sintoma, e não a causa", afirma o especialista. A faxina financeira inclui o planejamento das contas e a redução de gastos.

3. Defina o objetivo do empréstimo. Para não correr o risco de usar o dinheiro para criar novas dívidas, você vai precisar ter uma finalidade bem clara para o empréstimo e ter certeza de que vai resolver o problema.

Um empréstimo pode ser válido para trocar uma dívida de juros altos por uma com taxas menores (por exemplo, cartão de crédito por crédito consignado).

4. Garanta que as prestações vão caber no orçamento. Tenha certeza de que as prestações cabem no orçamento familiar, deixando ainda uma folga de 5% a 10% da renda bruta. 

"Essa reserva estratégica é importante, para não deixar o consumidor em uma situação de risco, em que qualquer imprevisto resulte no não pagamento das parcelas da dívida", diz Domingos.

5. Encontre as melhores condições. Converse com o gerente do seu banco para saber quais condições ele pode oferecer para você pegar um empréstimo. Compare com outras instituições antes de tomar a decisão. Você vai precisar levar os seguintes itens em conta durante a sua pesquisa:
  • Taxas de administração e de juros
  • Tempo: a prestação e os juros são menores com mais prazo; mas o total pago também é maior
  • Comprometimento: fuja das situações em que você precisa oferecer algum bem como garantia
6. Conheça melhor o seu perfil. Ao conhecer melhor o seu perfil como consumidor, você vai poder ter uma ideia mais clara dos riscos que estará correndo ao contrair um empréstimo. Para facilitar a sua decisão, Domingos definiu alguns perfis, listando suas principais características. Descubra em qual você se encaixa melhor:

Endividado

Sem controle da sua vida financeira, assumirá um risco alto ao pegar um empréstimo e provavelmente não terá o seu problema resolvido. Precisa se tornar um perfil "Equilibrado" antes de dar esse passo.
  • Gasta mais do que ganha
  • Não sabe para onde vai seu dinheiro todo mês
  • Tem várias dívidas
  • Não pretende reduzir seus custos
  • Vai usar o dinheiro de crédito como complementação de renda
Equilibrado

Sem dívidas, mas também sem dinheiro guardado, pode lançar mão de um empréstimo pessoal em caso de algum imprevisto. Mas vai precisar revisar seu orçamento, para caberem as prestações e evitar risco de inadimplência.
  • Gasta exatamente o que ganha
  • Sem dívidas
  • Tem um pequeno controle dos gastos
  • Não tem dinheiro de reserva
Investidor

Com dinheiro guardado e boa saúde financeira, tem no empréstimo uma opção para dar entrada em um bem que deseja comprar, como um carro ou imóvel, sem se descapitalizar. Por ter uma reserva financeira, possui garantia de que vai conseguir pagar as parcelas mesmo em caso de imprevistos.
  • Gasta menos do que ganha
  • Economiza no mínimo 10% dos seus rendimentos brutos
  • Não tem dívidas
  • Possui dinheiro guardado em investimentos
  • Mantém um orçamento mensal atualizado
Fonte: Uol

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Até logotipos de cartões de crédito estimulam gasto maior

Nina Falcone desistiu do dinheiro. Sempre que possível, e onde possível, mesmo em máquinas de venda automática instaladas em seu edifício em Chicago, ela usa seu cartão de crédito do programa de fidelidade da companhia aérea Southwest Airlines para acumular pontos.

Ela segue o conselho dos serviços de assistência ao consumidor e não mantém saldo devedor por mais de um mês, nem paga os juros cobrados pelos cartões.

Mas admite que talvez existam lados negativos nessa facilidade de compra. Uma pilha de revistas "Time" se formou em seu apartamento, juntando poeira, depois que ela adquiriu uma assinatura simplesmente porque esta oferecia pontos adicionais.

"Há anos não pago pelas viagens que faço via Southwest", diz Falcone, o que pode ser tecnicamente verdade, mas muitas pesquisas sugerem que os consumidores tendem a gastar mais pagando com plástico do que fariam se pagassem em dinheiro.

Incentivos como a milhagem em companhias aéreas só servem para fazer aumentar uma tentação com a qual bancos lucram há anos.

"Quando você varia o método de pagamento, as pessoas se dispõem a pagar mais", disse Duncan Simester, professor de marketing no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que publicou um estudo importante sobre o assunto. "Você não está desembolsando dinheiro de verdade, por isso a sensação de perda é menor".

Usando alunos de um programa de MBA como cobaias, Simester e um colega, Drzen Prelec, realizaram um leilão de ingressos de basquete e beisebol para jogos de duas equipes locais, o Boston Celtics e o Boston Red Sox.

Alguns participantes foram informados de que teriam que usar o cartão de crédito, enquanto outros pagariam em dinheiro.

Quando o cartão estava entre as opções, os alunos se ofereciam para pagar cerca de duas vezes.

Ele acrescentou que embora não fosse incomum ver variações de 5% a 10% entre os padrões de pagamento, "você não vê muitos exemplos de pessoas que se dispõem a oferecer o dobro do que ofereceriam caso estivessem pagando com outro método".

Mas a facilidade de pagar pelas compras com plástico, ou o que os profissionais de marketing definem como "gasto sem fricção", é só metade da história. Cientistas sociais constataram que consumidores estão condicionados até pelo logotipo do cartão.

Richard Feinberg, da Universidade Purdue, convenceu restaurantes próximos do campus, em West Lafayette, Indiana, a permitir que ele estudasse os padrões de gastos de fregueses reais.

Ele colocou logotipos de cartões de crédito em algumas mesas e os excluiu de outras. A visão de imagens associadas ao plástico levava consumidores a gastar mais em suas refeições e a deixar gorjetas maiores.

A chave, diz Greg McBride, analista financeiro chefe do Bankrate.com, site de finanças pessoais, é tentar exercer a mesma disciplina no uso do plástico que você teria se estivesse pagando em dinheiro.

Se você não consegue se conter, ou ocasionalmente precisa rolar o saldo devedor para o próximo mês, evite os cartões de incentivo a todo custo. "Eles só funcionam para os clientes que pagam o saldo integral a cada mês", ele disse, como Falcone faz, escrupulosamente.

Fonte: Folha Online

sábado, 9 de abril de 2016

MEDITAÇÃO PODE AJUDAR NA SUA VIDA FINANCEIRA

Veja dicas para realizar a prática, que também pode trazer outros benefícios para a vida pessoal e corporativa

As pessoas andam cada vez mais stressadas. Também, diante do cenário sócio-político-econômico não só do Brasil, mas de todo o mundo, manter o equilíbrio emocional é um desafio e tanto. Práticas como realização de esportes e meditação prometem ajudar bastante. Esta última, ainda é um mistério para muitas pessoas, que acham que meditar é algo difícil ou simplesmente distante delas. No entanto, essa não é a realidade.

Ricardo Melo, criador do Método IRM de Coaching Financeiro, especializado em Finanças Comportamentais pela University of Toronto, fala, por exemplo, que é possível meditar enquanto come chocolate, mastigando e sentindo o sabor. Também, ao beber água, ao fechar os olhos e imaginar a água caindo. É possível realizar meditação em qualquer lugar, onde a pessoa possa ficar focada e mentalizando. Os efeitos são rápidos e fáceis, diz o coach, que estuda e realiza a meditação.

Finanças

Meditar reduz o estresse e a ansiedade e, ainda, proporciona mais qualidade de vida. Estes são alguns dos vários benefícios comprovados que a meditação traz à saúde. Na busca por tais resultados, não é de se estranhar que até os altos executivos do mercado financeiro usem esta prática até como forma de investimento.

Explica-se. Cuidar de grandes volumes de dinheiro acaba incentivando um hábito de consumo caro ou autodestrutivo, porém, com a meditação, há mais chances de se manter longe destas situações. Além disto, as pessoas ficam mais tranquilas e sentem-se mais capazes. “Estudos indicam que alguns dos maiores nomes do mercado financeiro dos Estados Unidos habilitaram esta prática, pois ela proporciona centralidade e capacidade de olhar para as coisas sem influencia emocional, sem ego, de uma forma mais clara. Algumas pesquisas, ainda, mostram que o praticante da meditação fica menos alerta diante de um estímulo de estresse, mas com maior capacidade de tomar decisões estratégicas”, revela Melo.

Ambiente corporativo

A prática de meditação ajuda na busca por mais foco, melhora a performance, reduz o estresse e ajuda a ter autocontrole para lidar com as adversidades e com as situações de pressão no ambiente corporativo. “Uma vida sem estresse é um dos objetivos da meditação, que também pode passar clareza na tomada de decisões, transparência e transformação nas relações entre funcionários, além de levar os profissionais a agirem de maneira mais responsável, já que eles aprendem a gastar seu tempo de forma mais inteligente e eficaz”, explica o coach Ricardo Melo.

Em resumo, a meditação pode ajudar o ser humano a aumentar ao máximo as suas potencialidades para alcançar o que ele quiser. Confira dicas de exercícios para incluir a meditação no seu dia a dia:

– Ficar em pé e começar a andar, prestando atenção a cada passo dado. Assim, é possível sentir a “consciência presente”, libertando-se da ansiedade

– De olhos abertos, escolher um ponto qualquer e fixar a atenção nele por 30 segundos ou 1 minuto, tentando não pensar em mais nada. Assim, será possível ver que, mesmo a mente sendo agitada, é possível acalmá-la, dando um outro foco de atenção.

– Fechar os olhos e prestar atenção nas batidas do próprio coração, durante 30s ou 1 minuto. Esse exercício mostra como é possível utilizar o próprio corpo como referência para ter uma mente tranquila e mais serena.

Por: Laura Navajas
Fonte: Consumidor Moderno

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Sucesso nas Finanças: Como economizar em tempos de inflação

O aumento de preços no processo inflacionário não se dá no mesmo tempo e proporção em todos os bens e serviços

Rio - A inflação é um aumento contínuo dos preços que representa uma progressiva perda do poder aquisitivo das pessoas, já que a moeda é desvalorizada. Em um cenário econômico com inflação, para adquirir a mesma quantidade de coisas no dia a dia é necessário mais dinheiro. 

O aumento de preços no processo inflacionário não se dá no mesmo tempo e proporção em todos os bens e serviços. Existe uma flutuação de preços no mercado que dificulta a informação para os cálculos dos indicadores econômicos que dão sustentação a tomada de decisão em relação a economia. A inflação, mesmo diante de sua complexidade, interessa a todos, pois impacta nos orçamentos. A inflação na medida que devora o poder aquisitivo das pessoas origina os altos custos sociais, pois desacelera a economia e traz o desemprego.

PERGUNTA E RESPOSTA

“Diante da alta inflação, o custo de vida tem ficado insustentável para quem ganha salário básico, na faixa dos quatro salários mínimos. Ainda assim, passando um aperto, eu gostaria de tentar economizar para fazer uma poupança no banco. Como tentar conciliar? Ainda é válido fazer uma caderneta de poupança?”, Tiago Santos, Curicica

No Brasil, a inflação oficial é medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Ampliado (IPCA), divulgado mensalmente pelo IBGE. É importante que enquanto consumidores e cidadãos que fiquemos atentos a estes indicadores, pois irão impactar em nosso orçamento e planejamento financeiro. 

Uma forma de conseguir economizar é ter o controle de nossa própria inflação, fazendo a comparação da variação dos bens consumidos. Liste o que você gastou com aquisição de bens e serviços de consumo. Assim você pode acompanhar seu planejamento e orçamento financeiro em relação a inflação e fazer as adequações necessárias a sua realidade econômica na busca de obter um recurso para aplicar na poupança. 

A principal característica da poupança é a segurança devido ao baixo risco de crédito dos grandes bancos e a garantia do Fundo Garantidor de Crédito-FGC para as aplicações até R$ 250 mil. Caso você invista na poupança de um determinado banco R$ 50 mil e este banco venha a falência o FGC garante o retorno de seu investimento com os rendimentos até a data da intervenção na instituição financeira.

Fonte: O Dia Online - 30/03/2016

terça-feira, 5 de abril de 2016

Comprou um imóvel na planta e quer desistir?

Com o atual cenário de crise política e econômica, tem-se a informação de que aumentou consideravelmente os pedidos de distrato (cancelamento da compra). Aproximadamente 30% das vendas que são feitas, em menos de 1 ano, acabam por serem objeto de distrato.

Muitos fatores podem influenciar o distrato, dentre eles destaco os seguintes: 
  1. Muitos adquirentes compraram imóveis no período entre 2010 a 2013, período em que os imóveis estavam em alta. Sendo assim, era uma espécie de investimento adquirir imóveis na planta, uma vez que esses empreendimentos sofriam considerável valorização. Contudo, o atual cenários já não é mais favorável assim, pelo contrário, no ano de 2015, observou-se uma queda de aproximadamente 8,5% no valor dos imóveis. 
  2. Em outros casos, tem-se que o aumento da taxa de juros tem dificultado bastante aqueles que tem interesse em financiar imóvel. 
  3. Os bancos estão mais rigorosos com a concessão de crédito, sendo assim, muitos adquirentes conseguem firmar o contrato de promessa de compra e venda com a construtora, contudo, quando ocorre a expedição do Habite-se ou na entrega das chaves – momento em que é preciso fazer um financiamento imobiliário –, o banco tem dificultado a liberação do crédito. E o adquirente acaba tendo que fazer o distrato. 
Para todos esses casos, a solução é distrato. Trata-se de uma manifestação pelo desinteresse na continuidade do negócio, e por conseguinte, com o pedido de devolução das quantias pagas.

O Distrato é um Direito de quem comprou o imóvel na planta e ainda não fez um financiamento com o banco após a entrega das chaves.

Ocorre que, ao quebrar o contrato com a construtora. Em regra, o comprador assumirá o ônus de ter que arcar com multas contratuais e outros encargos. É justamente esse o momento em que vale à pena recorrer ao auxílio de um advogado.

Gosto sempre de explicar meus posts tendo como base um exemplo. Veja a consulta de um cliente, caso que pode ser muito semelhante ao seu:

Comprei um apartamento na planta de uma construtora. Conforme estabelecido no CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA, assumi a obrigação de pagar pelo bem o valor de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) da seguinte forma: R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) de entrada e R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) a serem pagos no recebimento da chave.

Ocorre que, com a situação econômica atual não consegui fazer o financiamento do valor restante de R$ 200.000,00. E por isso, não poderei cumprir a obrigação que assumi com a construtora. O que faço? Vou perder tudo o que paguei até agora?

Em situações como essa, o comprador pode fazer o distrato, previsto no Código Civil. E por se tratar de uma relação de consumo, há amparo também no Código de Defesa do Consumidor.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:...V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas...

O distrato, tem o objetivo de extinguir uma obrigação celebrada em um contrato anteriormente.

Deve ser feito da mesma forma que o contrato de promessa de compra e venda, ou seja, é um contrato formal. Não pode ser feito de qualquer jeito, como verbalmente, por exemplo.

Por que é importante consultar um advogado, no momento do distrato?

Pela minha experiência no setor imobiliário, bem como em conversas com amigos de provisão que também atuam na área, temos observado que, em regra, as construtoras têm oferecido "valores irrisórios" pelo que já foi pago, entre 40% e 70%. Geralmente, as construtoras são muito inflexíveis em devolver valores maiores ou oferecer descontos para não abrir precedente para outros casos.

O que mais ouvimos como justificativa para as baixas propostas de Distrato, é que as construtoras alegam que precisam cobrir os custos com corretagem e propaganda durante o lançamento e descontam estes valores dos distratos.

Ocorre que, o fornecedor de Produtos e Serviços, nos termos do CDC, assume todos os riscos da atividade empresarial que exerce. Sendo assim, esses custos e riscos da atividade não podem ser repassados ao consumidor.

Até quando posso desistir da compra do imóvel?

Até o momento do recebimento das chaves.


Mesmo estando inadimplente posso pedir o distrato?

Sim. É preciso saber que estando ou não inadimplente, você pode fazer o distrato.

Distrato feito quando o comprador está inadimplente

Veja bem: se o distrato for feito porque você deu causa (distrato injustificado), você deverá pagar um valor à título de multa.

Essa multa, de acordo com entendimento do judiciário, tem variado entre 15% a 25% sobre o que já pagou, para a construtora. O valor não pode ser excedente a isso.

Retenções de 30% ou 40% do valor do contrato tem sido consideradas abusivas. A Construtora não pode reter o valor total pago pelo comprador (artigo 51, II e artigo 53 do CDC).

O nosso entendimento é o de que uma multa razoável e proporcional se limita a 15% do valor total pago por você. Se a construtora quiser cobrar mais do que isso, sugiro que você não assine o distrato e busque a tutela no judiciário.

Distrato feito por culpa da construtora

Quando a Construtora der causa ao distrato, como por exemplo, porque não cumpriu o prazo para entrega do imóvel, ela terá que devolver ao comprador 100% do valor pago com atualização monetária.

Hipótese em que não aconselho você a assinar o distrato se a Construtora quiser reter qualquer porcentagem sobre o valor já pago.

Se você já fez o distrato e pagou mais do que devia?

O CDC assegura que o consumidor que pagar quantia indevida tem direito a receber o valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais.

Nesse caso, deve-se buscar esse direito por meio de uma Ação no Judiciário.

Se você buscar informação, sempre encontrará uma solução.

Na dúvida, consulte uma pessoa que tenha conhecimento sobre o assunto.

Não fique no prejuízo, procure seus direitos.

Por Myriam Carulina Menezes

Fonte: Jusbrasil

domingo, 3 de abril de 2016

Sucesso nas Finanças: Conta salário não tem tarifa

Não é permitida nenhuma movimentação financeira que não esteja diretamente vinculada a fins trabalhistas



Rio - A abertura da conta-salário é iniciativa do empregador, mediante negociação com a instituição financeira. A empresa fica responsável por identificar os beneficiários da conta, que destina-se única e exclusivamente para o depósito de rendimentos dos funcionários, como os proventos da folha de pagamento mensal, férias, 13º e verbas rescisórias. 

Não é permitida nenhuma movimentação financeira que não esteja diretamente vinculada a fins trabalhistas. O empregado não pode abrir conta-salário por iniciativa própria. Os bancos, desde que devidamente contratados pelo empregador, estão obrigados a abrir a conta. Devem explicar de forma clara as condições e procedimentos inerentes à movimentação da conta, principalmente as que envolvem diretamente o empregado.

PERGUNTA E RESPOSTA

Há alguns anos, abri conta em banco para receber o salário. Quando fui demitida, tive que encerra-la. Na semana passada, recebi carta de cobrança do banco, informando que devo ir imediatamente à agência para pagar tarifas. Isso é possível?”, Marcos Lima, por e-mail

Marco, você não é a único a ter dúvidas em relação às tarifas que são cobradas pelos bancos quando se trata de conta-salário. É preciso compreender o que difere conta corrente de conta salário para não se perder no planejamento das finanças. Se foi você que abriu a conta para receber salário, tenha certeza que não foi conta salário e sim conta corrente e, por isso, passível de cobrança de tarifas. Caso tenha sido a empresa ou empregador que abriu a conta para você para depositar vencimentos, podemos dizer que foi conta salário, que no caso, não deveria ter tarifas.

Existem limites para alguns serviços da conta salário, determinados pelo Banco Central do Brasil: fornecimento de cartão magnético, a não ser nos casos de pedidos de reposição decorrentes de perda, roubo, dano e outros motivos não imputáveis à instituição financeira; liberação de até cinco saques, por evento de crédito; acesso a pelo menos duas consultas mensais ao saldo nos terminais de autoatendimento ou diretamente no guichê de caixa; e fornecimento, por meio dos terminais de autoatendimento ou diretamente no guichê de caixa, de pelo menos dois extratos contendo toda a movimentação da conta nos últimos 30 dias.

Recomendo ao leitor comparecer ao banco para verificar o motivo da cobrança das tarifas e identificar se elas foram geradas de forma adequada. Em alguns casos a conta-salário é transformada em conta corrente, o que resulta em custos para o empregado que, se não estiver atento, acaba acumulando débito. 

A conta-salário só permite depósitos feitos pelo empregador, não tem movimentação de cheques. O patrão pode transferir o saldo para outra conta corrente sem custo, desde que no mesmo dia em que houver o depósito do pagamento. O encerramento deve ser feito pela empresa.

Marta Chaves
Fonte: O Dia Online - 23/03/2016

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Fazer o devedor passar vergonha é crime

O credor tem todo o direito de protestar o título não pago, cadastrar o nome do devedor em órgãos de restrição ao crédito, como SPC, SERASA, etc, além, é claro, de ajuizar ação judicial para cobrar o valor devido. 

Também é direito do credor de cobrar a dívida através de cartas, telefonemas e até cobradores. 

Todavia, este direito de cobrança do credor vai até o limite do direito do devedor de não se sentir importunado desproporcionalmente ou constrangido. 

Ligações a toda a hora, em qualquer lugar, com ameaças e linguajar deselegante são um abuso ao direito do devedor. 

O credor também não pode ameaçar, coagir ou constranger o consumidor na cobrança de uma dívida, entrando em contato com vizinhos, parentes, amigos ou diretamente com o trabalho do devedor, falando com seus colegas ou chefe. 

Este tipo de atitude é considerado crime pelo Código de Defesa do Consumidor: 


"Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça." 

"Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: 

Pena Detenção de três meses a um ano e multa." 


É comum os credores contratarem empresas de cobrança para ficarem “infernizando” a vida do devedor, sem piedade, pois esta “técnica” é muito mais eficaz e barata do que entrar com processo na justiça cobrando a dívida. 

Estas empresas de cobrança fazem ligações telefônicas várias vezes por dia, seja para o telefone residencial, celular, de vizinhos, de amigos, do trabalho. 

Eles não têm o mínimo de respeito. Para eles não interessa a hora ou o dia. As ligações são feitas até na hora do almoço, na parte da noite ou nos fins de semana, perturbando o momento de descanso ou lazer do consumidor. 


O consumidor não deve aceitar este tipo de abuso.


Primeiramente, deve fazer uma ocorrência policial, informando os fatos ocorridos, e os autores dos fatos, no caso a empresa de cobrança e o credor. 

O Código de Defesa do Consumidor prevê a responsabilidade de ambos, do credor e da empresa de cobrança, pelos danos causados ao consumidor. Mesmo assim, é importante fazer a ocorrência em nome das duas empresas. 

Depois, com a ocorrência em mãos, deve procurar uma associação de defesa de consumidores ou um advogado de sua confiança para entrar com uma ação na justiça, na qual deverá ser informados os fatos ocorridos, sendo feito o pedido para que o juiz fixe uma multa diária acaso o credor ou a empresa de cobrança contratada por ele continue efetuando este tipo de cobranças abusivas e causando-lhe constrangimentos , bem como deve fazer o pedido de indenização pelos danos morais e materiais causados, se for o caso. 

Nos casos de ligações para parentes, vizinhos, amigos e trabalho, é importante levar testemunhas que tenham atendido tais ligações para testemunharem sobre os fatos ocorridos e como a cobrança foi feita. 

Nos casos de cobrança através de cobradores contratados que ao efetuarem a cobrança causaram constrangimento ao devedor, fazendo a cobrança através de “recados” deixados para vizinhos, amigos, parentes ou colegas de trabalho, no estilo “Avisa o fulano que estive aqui para cobrar aquele valor que ele deve pro beltrano” ou “Fala para aquele caloteiro do teu vizinho que se ele não pagar a dívida com o fulano...”, ou que fazem a cobrança de forma pública, na frente de outras pessoas, usando de coação, de ameaças, de palavras humilhantes ou de baixo calão, no intuito de fazer o devedor passar vexame, é importante ter testemunhas dos fatos ocorridos, para poder prova-los na frente do juiz. 

Há casos em que o devedor acaba tendo problemas no trabalho e até mesmo perdendo o emprego por causa de cobranças indevidas. Nestes casos, é importante ter provas das ligações (faturas que poderão ser pedidas no processo para a companhia telefônica e testemunhas que atenderam os telefonemas), bem como prova de que os problemas no trabalho e a eventual perda do emprego se deram por causa das cobranças efetuadas. 

No caso de perda de emprego, pode ser pedida indenização por dano material, ou seja, por todos os prejuízos econômicos que o devedor teve, bem como pelo dano moral causado em decorrência desta perda. 

A empresa também não pode enviar ao consumidor nenhuma carta que demonstre, de forma explicita, que o documento se trata de cobrança de dívida. Nem mesmo no envelope pode constar o logotipo da empresa de cobrança. 

As empresas cometem abusos porque os consumidores aceitam calados, não tomam nenhum tipo de atitude. 

O consumidor deve conhecer e exigir seus direitos, assim estará também ajudando a combater os abusos cometidos diariamente por estas empresas. 


Não fique calado, exerça seus direitos!



Fonte: SOS Consumidor